‘Vocabulário Ortográfico’ será lançado no dia 19

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A quinta edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), já atualizado com as novas regras do acordo ortográfico, será lançada no próximo dia 19. 
 
Evanildo Bechara, coordenador da Comissão de Lexicografia e Lexicologia da ABL e principal responsável pelo Volp, especifica os critérios adotados pela comissão: respeitar a letra do acordo, estabelecer uma linha de coerência quando surgiam princípios aparentemente contraditórios, acompanhar o espírito simplificador da reforma e, nos pontos não discutidos no texto, preservar a tradição ortográfica decorrente das reformas anteriores. Ele explica que foram adotadas 15 medidas para dirimir dúvidas ou ambiguidades no texto do acordo: 
 
– Ditongos abertos “ei” e “oi” são acentuados quando ocorrem em palavras terminadas em -r. Exemplos: Méier, destróier, blêizer, gêiser 
 
– Usa-se acento circunflexo nos paroxítonos com encontro “ôo“ em palavras terminadas em -n. Exemplo: herôon 
 
– Paroxítonos terminados em -om também devem ser acentuados. Exemplos: iândom, rádom 
 
– Usa-se acento no hiato “ui“, quando a vogal tônica é o “i“. Exemplo: arguí (1ª pessoa do singular do pretérito do indicativo) 
 
– O acordo afirma que “emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica“. As exceções estão limitadas às palavras explicitamente relacionadas no acordo, admitindo apenas formas derivadas e aquelas consagradas pela tradição ortográfica dos vocabulários oficiais (ou seja, presentes em dicionários brasileiros e portugueses). Exemplos: passatempo, varapau, pintassilgo 
 
– Não se usa hífen depois do prefixo an- quando o 2º elemento começa com h-. Exemplos: anistórico, anepático 
 
– Usa-se hífen nos substantivos compostos formados com elementos repetidos, com ou sem alternância vocálica ou consonância de formas onomatopeicas. Exemplo: blá-blá-blá, reco-reco, trouxe-mouxe 
 
– Além das denominações botânicas e zoológicas, que já contam com uma regra clara no acordo, os produtos afins e derivados também devem receber hífen segundo a tradição ortográfica. Exemplo: azeite-de-dendê, bálsamo-do-canadá. Observação: não se acentuam expressões como água de coco e sumo de laranja 
 
– Não se emprega hífen em formas homógrafas de denominações zoológicas e botânicas com hífen. Exemplo: bico de papagaio (quando não designa a planta, mas a doença) 
 
– Prefixo co- não exige hífen. Exemplos: coerdeiro, coabitar 
 
– Prefixos átonos pre-, re- e pro- não demandam hífen. Exemplos: reeleição, propor, preencher 
 
– Nas palavras compostas, quando não há perta de fonema do 1º elemento e o 2º começa com h-, o uso do hífen é facultativo. Exemplo: carboidrato e carbo-hidrato 
 
– Devem ser consideradas locuções (portanto, rejeitam o uso do hífen) as unidades fraseológicas com sentido substantivo. Exemplos: “Foi um deus nos acuda“, “Adotou-se o princípio do salve-se quem puder“ 
 
– Expressões latinas não empregam hífen, exceto quando estão aportuguesadas. Exemplos: pro labore e pró-labore, in octavo e in-oitavo 
 
– Não se emprega hífen nos casos em que as palavras “não“ e “quase“ funcionam como prefixos. Exemplos: não fumante, quase irmão.  
 

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