Varejo de livros fecha primeiro semestre de 2022 com números positivos, aponta Nielsen

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Resultado do 6º Painel das Vendas de Livros em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento mostra também que a variação continua em ritmo decrescente, com inflação impactando cada vez mais o bolso do consumidor.

Chegando à metade do ano, o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e a Nielsen Bookscan divulgam os resultados do 6º Painel do Varejo de Livros no Brasil de 2022. O que se vê, pela terceira vez seguida, é a desaceleração do mercado. No mês de junho, foram comercializadas 3,83 milhões de unidades, contra 3,89 milhões em 2021, trazendo uma variação negativa – embora pequena – de 1,68%.

Já em questão do faturamento, o mercado livreiro continua apresentando bons resultados em relação ao mesmo período no ano anterior, alcançando superioridade de 3,03%. Em números reais, o faturamento chega a R$ 161,05 milhões em 2022, contra R$ 156,30 em 2021.

Ainda comparando com o mesmo período do ano anterior, o preço médio apresenta uma variação positiva de 4,78%. Em 2021 o preço era de R$ 40,11 e saltou para R$ 42,03 em 2022.

2021 x 2022

O primeiro semestre de 2022 se mostra superior mesmo com bases mais comparáveis (relativas ao fim da pandemia) e o bom desempenho do início de ano em 2021. Vale ressaltar que, apesar dos números positivos, nota-se uma desaceleração no processo de compra, já que fatores como a inflação vêm impactando cada vez mais o bolso do consumidor.

De janeiro a junho de 2022, foi registrado um avanço de 6,61% na venda de exemplares, com 26,15 milhões de livros, quando no primeiro semestre do ano anterior, foram 24,52 milhões de obras vendidas. O faturamento este ano já chega a R$ 1,15 bilhão, sendo 10,96% acima do mesmo recorte de 2021, quando o setor apresentava ganho de R$ 1,04 bilhão.

Dante Cid, presidente do SNEL, analisa os números com cautela. “Ficamos felizes com o saldo ainda positivo do semestre, mas atentos aos próximos meses em vista da elevada inflação acumulada e como isso irá afetar o consumidor”, apontou.

Ismael Borges, gestor da divisão BookScan no Brasil, comenta que “os profissionais das editoras questionam sobre o não repasse do aumento dos custos das casas editoriais para a produção do livro. Vale ressaltar que o valor do preço médio de 2022 é inferior àquele apurado em 2019, período pré-pandêmico”, resgatou. Em 2019, o preço médio era de R$ 45,51 e em 2022, esse número caiu para R$ 44,26, uma variação negativa de 2,74%.

Gêneros

Analisando a importância dos gêneros literários, vale destacar o crescimento de Infantil, Juvenil e Educacional. Em 2021, o faturamento representava 20,62% e passou para 24,80% em 2022. Uma variação positiva de 4,18 p.p. Já Não Ficção Especialista apresentou o pior resultado, com variação negativa de 6,03 p.p., com faturamento caindo de 30,01% em 2021 para 23,98% em 2022.

Em relação ao preço médio, Ficção, Não ficção Trade, Não Ficção Especialista e Infantil, juvenil e educacional apresentam aumento no preço de capa de 6%, 3%, 9% e 12%, respectivamente.

Clique aqui para baixar a pesquisa completa.

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