Quando Nicholas Negroponte, da Massachusetts Institute of Technology (MIT), divulgou na internet seu projeto One Laptop Per Child (ou Um laptop por criança), os olhos do mundo voltaram-se para o invento, que prometia bom desempenho a um preço baixo, leia-se, baixíssimo.
O computador educativo multifuncional (até em e-reader se convertia) custava, no projeto, míseros US$ 100. Na prática, não foi bem assim. O preço de fabricação não era compatível com a realidade dos países do terceiro mundo, alvos do projeto, mas serviu para que fabricantes abrissem os olhos para um novo negócio.
Resultado: passados cinco anos, a ação chega ao Brasil. CCE/Digibrás e Intel foram as escolhidas pelo Ministério da Educação (MEC) para fabricar 150 mil equipamentos para estudantes da rede pública.
O primeiro lote de netbooks da linha Classmate, 37 mil máquinas, já começa a ser distribuído. As máquinas dão início ao piloto do projeto Um Computador por Aluno, que vai até agosto.
Serão beneficiadas escolas estaduais e municipais, que ganharão ainda sistema lógico de acesso à rede. A fabricante CCE ganhou licitação para produzir a remessa inicial, que atenderá 300 unidades de ensino.
Também se responsabilizará pela instalação e garantia (de um ano) das máquinas, que custam R$ 550 cada uma, de um contrato estimado em R$ 82 milhões. Depois dos professores, é a vez dos alunos ganharem seus terminais.