Tigres de papel…

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O que vem acontecendo nas últimas semanas na internet faz pensar. Até recentemente, a idéia de que ela engoliria a imprensa e os livros era um senso comum muito repetido, pouco questionado e menos ainda fundamentado.  
 
Mas hoje, assistindo à briga de cachorros enormes do setor gastando milhões de dólares para pôr livros de uma forma ou de outra na rede, pode-se dizer com certeza: o futuro do mundo virtual está no papel impresso. Pelo menos até a semana que vem. Google, a mais completa ferramenta de busca na internet; Amazon, a maior livraria digital; e uma parceria-monstro entre Microsoft e Yahoo! travam uma luta encarniçada entre si e com autores e editoras para pôr as maiores bibliotecas do mundo ao alcance do teclado.  
 
O Google Print (print.google.com), já em funcionamento, pretende digitalizar em seus primeiros dez anos 15 milhões de livros das bibliotecas de universidades como Oxford e Harvard. Tudo por US$ 200 milhões. Já a Amazon anunciou para o começo de 2006 dois serviços, o Pages e o Upgrade. Com o primeiro será possível comprar capítulos ou mesmo páginas individuais de livros. Com o segundo, compra-se o livro físico e sua versão digital.  
 
Por fim, Microsoft, Yahoo! e Internet Archive anunciaram o início de uma parceria para digitalizar dezenas de bibliotecas acadêmicas, como as das universidades de Columbia e Califórnia, além dos acervos do Museu Histórico de Londres e Instituto Smithsonian, entre outros. O nome da iniciativa é OCA, Open Content Alliance (Aliança para o Conteúdo Aberto). Apenas a empresa de Bill Gates deve investir US$ 2,5 milhões. 
 
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Acesso à informação do lado de cá do equador
O Globo – Douglas McMillan  
 
No Brasil ainda não há planos ambiciosos como os da Google ou da Amazon, mas projetos interessantes já disponibilizam bibliotecas de uma forma ou de outra aos internautas nacionais.  
 
Um deles é o Biblioteca Livre, programa de computador que será lançado dia 16 de dezembro e que foi elaborado numa parceria entre a Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional (Sabin), o Programa de Engenharia Elétrica e a Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia Elétrica (Coppe), ambos da UFRJ, e patrocinado pela IBM. Através dele pode-se, sem muito esforço e com um computador básico, informatizar o catálogo de bibliotecas de qualquer tamanho e, mais importante, pôr esses dados na internet.  
 
Em dezembro, o projeto distribuirá milhares de kits de instalação do programa para que mesmo bibliotecas sem acesso à internet possam se beneficiar. Outra possibilidade promissora é a de integrar diversos acervos num único site, algo que já está sendo discutido com universidades privadas cariocas e pode acontecer já no começo do ano. O download do Biblioteca Livre está disponível em www.biblivre.ufrj.br.
 
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