Telecurso 2000 ganha novo nome e mais disciplinas

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Ao comemorar 10 anos, o Telecurso 2000 está se reciclando e crescendo. Com o nome agora de Telecurso 2000+10, o projeto passa a abranger novas disciplinas, além de incorporar novas tecnologias e métodos de avaliação.  
 
“Vamos investir R$ 18 milhões atualizando o ensino médio e fundamental e ampliando o número de telessalas para atender mais 1 milhão de pessoas”, disse Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), durante a cerimônia de assinatura, ontem (15/08), de um convênio com a Fundação Roberto Marinho que irá possibilitar a expansão.  
 
O conteúdo agora passa e incluir Artes Plásticas, Música, Teatro, Filosofia e Sociologia e as disciplinas tradicionais serão atualizadas. Assim como a concepção original do método e dos materiais didáticos, a remodelagem foi proposta por Fiesp, Sesi-SP e Senai-SP e Fundação Roberto Marinho. 
 
O Telecurso 2000 é considerado um dos projetos de educação à distância mais bem-sucedidos do mundo. Segundo o professor e economista Cláudio de Moura e Castro, um de seus idealizadores, os bons resultados remetem ao contexto brasileiro.  
 
O projeto foi lançado num momento (1995-1996 ) em que a população somava 150 milhões de habitantes, dos quais 66 milhões tinham mais de 15 anos e escolaridade inferior ao ensino fundamental completo – apenas 8 milhões tinham completado o ciclo e 18 milhões eram analfabetos. Ao mesmo tempo, 80% dos 34,7 milhões de domicílios tinham aparelhos de televisão.  
 
Atualmente, o Telecurso 2000 mobiliza um “exército” de 30 mil professores e 1,5 mil instituições parceiras. Também contabiliza 24 milhões de livros editados e 1,8 milhão de fitas de vídeo distribuídas. Pelas 27,7 mil salas espalhadas por todo o País, já passaram 5 milhões de brasileiros. 
 
O paulistano José Corintho de Oliveira Jr é um deles. Entrou cedo no mercado de trabalho, aos 13 anos, se casou também cedo, aos 20, e só retomou os estudos aos 33, depois que os negócios e o casamento haviam ruído. Optou por uma sala do Telecurso 2000, concluiu o segundo grau em um ano e hoje freqüenta um curso superior de publicidade e propaganda: “Trabalho em uma agência e estou me realizando”. 
 
José Roberto Marinho, presidente da Fundação Roberto Marinho, afirmou em seguida que “a vida tem algumas coincidências”. Disse que também ele começou a trabalhar muito cedo, por volta dos 14 anos, se casou aos 18 e, recentemente, teve, com os irmãos, de reestruturar as empresas da família, que passaram por uma séria crise. “Hoje, faço MBA para ampliar meus horizontes e sou exemplo de que a vida dá muitas voltas”. 
 

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