Taxas de analfabetismo entre países de língua portuguesa vão de 10,2% a 63%

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Moçambique, país situado no sudeste da África, manifestou nesta quarta-feira, 27, em Salvador, interesse em renovar projetos de cooperação com o Brasil. Com 33 línguas locais e cerca de cem línguas maternas, Moçambique adota o português como idioma oficial. O analfabetismo atinge 52% de sua população. O país quer que o Ministério da Educação brasileiro continue fazendo formação de professores para a alfabetização de jovens e adultos e transfira sua experiência na produção de materiais didáticos.  
 
Representantes da área da educação e especialistas de sete países de língua portuguesa – Cabo Verde, Brasil, Angola, Guiné-Bissau, Timor Leste e São Tomé e Príncipe, além de Moçambique – participam em Salvador da 2ª oficina de Cooperação Sul-Sul. Até sexta-feira, 29, eles vão avaliar acordos de cooperação sobre educação de jovens e adultos e programar novas atividades para 2008 e 2009. Segundo a coordenadora de educação de jovens e adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Carmem Gatto, os interesses dos países são múltiplos e as possibilidades de continuar as parcerias estão sendo reafirmadas.  
 
Guiné-Bissau, por exemplo, quer a participação do Brasil na temática da prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, especialmente HIV/Aids. Carmem Gatto diz que a Guiné quer colocar o tema no currículo da educação de jovens e adultos como forma de ampliar as possibilidades de prevenção. Guiné-Bissau fica na costa ocidental da África. 
 
Os representantes dos países também discutiram hoje questões de interesse comum da comunidade de língua portuguesa que devem integrar a 6ª Conferência Internacional de Educação de Adultos (Confintea), que acontecerá no Brasil, em maio de 2009. A preocupação, explica Carmem Gatto, se concentra na pós-alfabetização de adultos, que significa que os sistemas de ensino devem oferecer a continuidade dos estudos; a qualidade da educação; formação continuada de alfabetizadores; articulação da alfabetização com programas sociais; multilingüísmo. 
 
Indicadores – Dados divulgados na 2ª oficina apontam altas taxas de analfabetismo de jovens e adultos entre os países presentes ao encontro. Na Guiné-Bissau, a taxa é de 63% da população; Angola, 58%; Moçambique, 52%; Timor Leste, 40%; Cabo Verde, 25%; São Tomé e Príncipe, 20%. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2006, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que a taxa de analfabetismo no Brasil é de 10,2% da população com 15 anos ou mais. 
 
Nesta quinta-feira, 28, os especialistas em educação e os representantes dos sete países vão definir os programas prioritários de 2008 e o calendário de execução; e na sexta-feira, 29, visitarão salas de educação de jovens e adultos para conhecer a experiência brasileira na área.  
 

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