A retomada da tarifa postal especial para livros voltou a bater na porta do Ministério das Comunicações. A Mesa da Câmara dos Deputados fez chegar ao ministro Hélio Costa uma indicação apresentada pelo então deputado Ronaldo Cunha Lima (PSDB-PB) nesse sentido.
O parlamentar – que renunciou recentemente ao mandato para protelar o julgamento do caso em que é acusado de matar um adversário político na Paraíba – argumenta que isto faria cumprir o que está estabelecido na Lei do Livro de 2003. Cunha Lima também chamou a atenção para um aspecto que, se confirmado, vai valer, no mínimo, boas conversas: segundo ele, o fato de os Correios terem limitado a meio quilo o despacho de livros com preços um pouco mais atraentes estaria levando editoras a optar, sempre que possível, por livros, digamos, mais leves – pelo menos quanto ao seu peso físico.
A inibição, ainda de acordo com ele, também já teria chegado a alguns escritores, que estariam sendo levados a escrever menos. Tudo para tentar driblar a taxação pesada dos Correios. O fim das tarifas postais especiais para os livros foi uma das últimas medidas do então ministro das Comunicações Sérgio Motta.