Sobre o livro didático

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Em reunião, juntamente com as professoras Maria Lucia, Lucinda e a advogada Flavia, representantes da Uppes, com o secretário-executivo do MEC, Francisco das Chagas Fernandes, tivemos a oportunidade de tratar a questão do livro didático.  
 
Nossa preocupação foi a de solicitar por parte do ministério maior rigor na seleção dos livros, procurando ouvir mais os professores que estão em salas de aulas, a fim de que o material a ser utilizado pelos estudantes esteja em consonância com os reais interesses dos professores e alunos trabalhá-lo em sala de aula.  
 
Nossa interferência não se tratou de algum livro em especial, pois defendemos uma abordagem mais ampla da questão. O que o sindicato reivindicou, como representante dos professores públicos, é que haja maior participação da categoria no processo de indicação dos livros. O professor em sala de aula, tendo maior conhecimento dos alunos, é o mais adequado para realizar o processo de indicação de livros, naturalmente, recebendo a valiosa contribuição de especialistas e críticos.  
 
Pedimos ao MEC que seja efetuada uma reavaliação das obras, a fim de verificar a sua adequação a idade dos alunos e interesse deles. Mesmo que a proposta de alguns autores seja altamente pedagógica, é preciso verificar se ela está em consonância com o tratamento que o professor pretende dar em sala de aula. Assuntos delicados e polêmicos merecem abordagem adequada, a fim de que possam trazer resultados positivos para professores e alunos. O interesse de ambos deve ser levado em conta, principalmente o dos alunos.  
 
Como representantes dos professores, a Uppe-Sindicato, tem tido sempre uma grande preocupação com a questão da formação dos alunos. Este tema tem que ser tratado com toda a seriedade, com maior interação entre professores das diversas disciplinas. A escola deve estar alerta para discutir sem preconceito imenso os acontecimentos externos. Mas, para abordar determinados assuntos precisa estar bem preparada, inclusive levando-se em conta a posição das famílias. O interesse dos jovens tem crescido em torno dos mais diversos assuntos.  
 
Trata-se de um desafio para o magistério, que precisa ser valorizado pelos governos e sociedade em geral se queremos uma sociedade mais amadurecida. Por isso, é fundamental que haja uma grande sintonia entre os professores e o material didático disponível. Infelizmente, muitas vezes, os professores não têm liberdade de escolha ou de uma melhor participação no processo. É preciso levar em conta, que muitos professores trabalham em áreas de risco, na qual a abordagem de alguns assuntos em sala de aula pode afetar a sua própria segurança pessoal.  
 
Outro aspecto que defendemos é o da necessidade do livro didático acompanhado também de algumas importantes obras clássicas, conforme a faixa etária do aluno, deixar de ser descartável. O livro deve ser visto como uma propriedade do aluno, a fim de que seja ensinado a começar a formar uma pequena biblioteca, em algum espaço de sua casa. Poder manusear o livro, fazer a marcação do texto sublinhando pontos que lhe chamaram a atenção são aspectos importantes que contribuem para a formação de futuros leitores. Há muita coisa a ser vista na área do livro didático e pretendemos continuar a debater o assunto com o Ministério da Educação. Para isso, o sindicato espera continuar recebendo sugestões dos professores sobre esse importante assunto.  

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