Setor editorial discute tática para conter queda na venda de livros

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Livreiros e editores se reúnem entre 28 e 30 de outubro, em um encontro em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, para delinear estratégias que tentem reverter a queda verificada pelo setor na venda de livros no Brasil. De acordo com dados da pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, que serão apresentados no 32º Encontro Nacional de Editores e Livreiros, caiu em 8% o número de exemplares vendidos no ano passado, se consideradas apenas as vendas para o mercado, e em 20%, se levadas em conta também as vendas para o governo federal. 
 
Entre os motivos que levam a essa queda, segundo o setor, estão o aumento da reutilização e do empréstimo de livros e a queda do número de alunos matriculados em escolas particulares. O crescimento das escolas e órgãos públicos cujo material didático é editado por eles mesmos, e não pelas editoras de livros didáticos, também contribui para o encolhimento das vendas, de acordo com a câmara. 
 
“Nosso encontro servirá para verificarmos vários itens que afetam o mercado, inclusive em relação às autoridades. O índice de vendas para órgãos públicos [federais, estaduais e municipais] é de 53% do total das vendas“, afirmou o diretor-executivo da Câmara Brasileira do Livro, Armando Antongini. 
 
“Esses encontros preconizam a definição de propostas a serem executadas nos próximos anos“, disse o presidente da câmara, Oswaldo Siciliano.Haverá no encontro discussões como “O que a propaganda pode fazer pelo mercado editorial“, “O livro dentro da política do Ministério da Cultura“ e “Marketing de relacionamento como diferencial competitivo“.  
 
Resultados 
 
Editoras e livrarias movimentaram em 2003 cerca de R$ 3,3 bilhões. Foram lançados 35.590 livros em 2003, e o faturamento total foi de R$ 2,363 bilhões. Segundo dados da câmara, 16% da população concentra em casa 73% dos livros. Outros dados: metade dos livros lidos não é comprada, dois terços dos compradores pertencem às classes B e C, e 58% deles se concentram em seis Estados do Sul e do Sudeste.  
 
A escolaridade é determinante para o distanciamento da leitura de livros, mostram os dados. A leitura de livros é apreciada por 33% da população adulta alfabetizada, e 61% dos brasileiros adultos alfabetizados têm pouco ou nenhum contato com livros. 

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