Senado lança manifesto suprapartidário pela educação

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O Senado lançou no dia 11 de outubro, em sessão especial, um manifesto suprapartidário em defesa de um pacto nacional pela educação. É uma articulação pioneira entre os senadores e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), conclamando a sociedade e o governo a darem prioridade à educação e buscar uma saída “urgente“ para o ensino público de qualidade. 
 
“Para sair de uma condição que nos constrange a todos, em vários aspectos, a um confinamento educacional próprio do século 19, é preciso que a sociedade e o Estado pactuem um novo esforço em prol da educação, sem o qual não ultrapassaremos os limites dos avanços até agora atingidos. O futuro não espera“, afirma o documento, assinado por todos os senadores e enfatizado em discursos nos discursos feitos em plenário.  
 
O manifesto alerta para a situação “assustadora“ da educação no Brasil que deixa o País em uma posição desconfortável. O número de crianças entre zero e 6 anos na escola ainda é pequeno, e a repetência persiste no ensino fundamental. Pelos dados, mais de 3 milhões de crianças ainda não têm acesso à educação obrigatória, e estão fora da escola mais de 2 milhões de jovens entre 15 e 17 anos. Mais de 800 mil docentes ainda devem fazer o ensino superior e o salário médio dos professores da educação básica varia de R$ 430, na educação infantil, a R$ 700, no ensino médio.  
 
Além disso, o documento enfatiza que o Brasil obteve o menor rendimento em matemática, na avaliação do Pisa em 2003, abaixo do México, Tunísia e da Indonésia. A sessão de lançamento do manifesto foi requerida pelo líder do governo, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que apontou a importância do documento suprapartidário e os avanços do programa Bolsa Família.  
 
“Os recursos do Bolsa Família estão contribuindo para manter alunos nas escolas“, disse, chamando atenção, porém, para o problema da alfabetização. “Cerca de metade dos alunos da quarta série do ensino fundamental tem graves dificuldades de leitura“, afirmou. Mercadante, como os outros senadores, pediu melhoria dos recursos e prioridade absoluta para a educação. “A educação é compromisso com o futuro não só com o presente“, afirmou o senador José Jorge (PFL-PE).  

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