SBPC: Matemática no Brasil, um desastre anunciado

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O Brasil que está entre os 20 países de maior destaque científico na matemática é o mesmo que ocupa o penúltimo lugar no ranking do ensino de matemática na escola básica. Pelo desempenho na Olimpíada Internacional de Matemática, o Brasil ocupa o 15º lugar no ranking de 95 países. É fruto de uma iniciativa de 20 anos de investimento na melhoria da qualidade do ensino de algumas escolas particulares. Outro bom indicador é dado pela pesquisa científica em matemática, que coloca o país entre os 20 melhores do mundo.  
 
Mas no nível do ensino básico da escola pública, no ensino médio e na graduação a situação preocupa a presidente da Sociedade Brasileira de Matemática, Suely Druck, da Universidade federal Fluminense (UFF).  
 
O país está no 40º lugar em matemática no ensino básico na pesquisa internacional com 41 países (Pisa). “Não precisa olhar o Pisa”, disse ela, citando o mau desempenho nos parâmetros brasileiros, o Provão, que avalia os licenciandos, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No caso dos licenciandos, que no semestre seguinte estarão com as crianças em sala de aula, a média tem ficado próxima de 1, numa escala que vai a 10.  
 
O ensino precário da matemática, que data de 20 a 30 anos, produziu uma geração de mal formados, incluindo grande quantidade de professores, disse ela. Os professores, saídos de algumas licenciaturas noturnas de baixa qualidade acadêmica, trabalham de 8 a 10 horas por dia e não têm orientadores acadêmicos nem livro didático de qualidade.  
 
A presidente da SBM apresentou ao Ministério da Educação uma anáise da situação que inclui os números do próprio MEC alertando para as conseqüências da situação. Segundo ela, em diversos países, o ensino de matemática é considerado assunto de segurança nacional, pois é um obstáculo ao desenvolvimento econômico.  
 
No Brasil, afirma Suely Druck, houve uma supervalorização dos métodos pedagógicos, em vez dos conteúdos.  
 
 

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