Como o brasileiro lê? Lê por prazer, gosto ou para ampliar seus conhecimentos? E a pergunta que não quer calar e que vem sendo repetida à exaustão, nos últimos tempos, por onze entre cada dez pessoas que atuam no mundo do livro no país: quantos livros, afinal, o brasileiro anda lendo por ano?
Essas são algumas das muitas respostas contidas na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, encomendada pelo Instituto Pró-Livro, com apoio das entidades do livro (CBL, Snel e Abrelivros). Maior estudo feito até hoje no país sobre o comportamento do leitor brasileiro, seus resultados serão apresentados na próxima quarta-feira (28/5), em Brasília, durante o Seminário Nacional Retratos da Leitura no Brasil.
Estarão lá os ministros da Educação (Fernando Haddad) e da Cultura (Juca Ferreira, que é o interino), além de vários especialistas no tema e, naturalmente, todo o povo do livro. Ainda dá tempo de se inscrever e participar. É grátis.
Estudo traça perfil do leitor brasileiro
Quem são os leitores, onde eles vivem, o que gostam de fazer nas horas de folga e se preferem ler sozinho em casa, ouvindo música ou assistindo tevê. Qual é o período da vida em que mais se lê? O melhor jeito para ler um livro é pulando páginas, fazendo uma segunda leitura ou fazer tudo linearmente, uma página após a outra? Afinal, tem jeito certo de ler?! Como, enfim, fazem no dia-a-dia os leitores de livros, jornais, revistas, internet, gibis, braille, áudio-livro e outros suportes – e porque fazem!
São milhares e milhares de dados e respostas, mas nem tudo estará lá: a idéia é que a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (que deverá ser repetida periodicamente para gerar séries históricas) gere uma infinidade de novos estudos e pesquisas para aprofundar a investigação sobre o comportamento leitor no país e suas causas. Vale a pena, por exemplo, olhar de perto o papel dos programas sociais do governo na questão da leitura.
Estarei lá para apresentar, como coordenador do estudo, os resultados e os quatro principais indicadores da leitura no Brasil.