Reforma ortográfica ainda patina em Portugal

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Em vigor desde o início do ano passado, a reforma ortográfica está longe de ser realidade em Portugal.


 

Firmado em 1990 pela Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o acordo foi aprovado no Brasil pelo Congresso Nacional, em 1995, e regulamentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 29 de setembro de 2008, por meio de um decreto.

 

Para o professor de Língua Portuguesa Douglas Tufano, o Brasil se precipitou ao sair na frente dos demais países com a intenção de pressioná-los a se adaptarem às novas normas. Para ele, o que seria unificação está se tornado reforma unilateral.”A precipitação do Brasil causou certa situação de defesa da língua pátria. Portugal sempre se manifestou como sendo dona da língua e com mais direitos de tomar iniciativa”, afirma.

 

Por aqui, as alterações atingiram aproximadamente 0,5% das palavras. Nos demais países, que adotam a ortografia de Portugal, o percentual de mudança alcança 1,6% do total.

 

O correspondente da Folha em Portugal João Pereira Coutinho ressalta que a oposição às mudanças ainda é muito grande por lá. Segundo ele, os que são favoráveis às alterações entendem que o acordo é inevitável para a afirmação internacional da língua. Já os contrários afirmam que a grafia portuguesa tem uma identidade própria e deve ser respeitada.

 

“Qualquer alteração seria uma submissão ao Brasil e à grafia brasileira”, diz Coutinho.

 

Assinaturas

 

Entre os países da CPLP, Brasil, Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe já ratificaram o acordo. Ainda não definiram quando irão ratificar o documento Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste.

 

A assinatura desses países, porém, não impede a entrada em vigor das novas regras em todos os países, pois todos concordaram que as mudanças poderiam ser adotadas com a assinatura de pelo menos três integrantes da comunidade.

 

 

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