Reduzir tamanho das turmas pode melhorar aprendizado, diz estudo

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Reduzir o tamanho das turmas é um dos caminhos para melhorar o aprendizado. Este é um dos resultados do projeto feito em parceria com o Instituto Ayrton Senna e o movimento Todos Pela Educação divulgado nesta quinta-feira (28), Dia da Educação.

 

O estudo mostra que uma redução média de 30% no tamanho da turma leva a um aumento de 44% no que tipicamente um aluno aprende ao longo de um ano.

 

O impacto da redução da quantidade de alunos por turma depende do tamanho original do grupo. Reduzir uma turma grande gera mais impacto sobre o aprendizado do que fazer o mesmo em uma turma que já é pequena.

 

Coordenador pelo pesquisador Ricardo Paes de Barros, o trabalho apresenta as principais conclusões de cerca de 165 estudos nacionais e internacionais com base empírica e  tratamento estatístico sobre os impactos de políticas de educação no aprendizado dos alunos.

Segundo Barros, os estudos realizados na última década deixam claro que a qualidade do professor tem grande impacto sobre o desempenho educacional dos alunos. Um aluno que tem um bom professor (um docente entre os 20% melhores da rede) pode aprender durante um ano letivo 68% a mais do que se tivesse um professor ruim (entre os 20% piores da rede).

 

A pesquisa também aponta que há evidência científica de que não cumprir os dias letivos previstos pode aumentar a taxa de repetência, especialmente dos alunos de pior desempenho.

 

Uma das explicações para esse resultado é que, para cumprir o currículo estipulado em um ano letivo mais curto, o professor  aumenta o ritmo das aulas, passando maior volume de conteúdo em menos tempo, o que prejudica o aprendizado, principalmente, o dos alunos que apresentam maior dificuldade.Outra explicação é que o currículo é apenas parcialmente cumprido.

 

Metodologia – O projeto “Caminhos para melhorar o aprendizado” foi elaborado a partir de evidências sobre o que é ou não eficaz para melhorar o aprendizado dos alunos.

 

Um grupo de 17 pesquisadores analisou cerca de 600 pesquisas e selecionou as que cumpriram com os critérios técnicos definidos pela equipe para compor os verbetes e recomendações. Foram considerados apenas os estudos com amostra de pelo menos 2.000 pessoas ou com 100 escolas/sistemas educacionais. 

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