Pregão escolhe empresa para empacotar livros

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

Estoque de 11 milhões de obras comprado em dezembro está parado em Brasília  
 
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) promove amanhã o pregão eletrônico para escolher a empresa que empacotará 11 milhões de livros de literatura, poesia e não-ficção estocados em Brasília à espera de distribuição para escolas públicas, professores e mais de 3 mil prefeituras. Compradas em dezembro, na gestão do ex-ministro Cristovam Buarque, as obras estão armazenadas em galpões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do próprio FNDE, conforme reportagem publicada ontem pelo Estado.  
 
Os 11 milhões de livros fazem parte do Programa Nacional Biblioteca da Escola e foram adquiridos ao custo de R$ 64 milhões – a assinatura dos contratos com mais de 20 editoras ocorreu em 20 de dezembro. Sob a alegação de que vai dedicar este ano à distribuição dos livros, deixando para 2005 a compra de novos exemplares, o FNDE decidiu suspender novas aquisições do programa em 2004. Cristovam criticou a iniciativa.  

Preocupado em evitar constrangimentos com o antecessor, Tarso Genro convidou Cristovam de última hora ontem para uma solenidade no Conselho Nacional de Educação, marcada para as 14 horas. Foi a primeira aparição pública, juntos, do ministro e seu antecessor – demitido do cargo em janeiro, por telefone, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  
 
Cristovam chegou atrasado e saiu antes do fim da cerimônia de formatura de 95 servidores do MEC e da Advocacia-Geral da União que concluíram cursos supletivos de ensino fundamental, médio e alfabetização. Tarso aproveitou para cobrir Cristovam de elogios. Os cursos dos servidores foram lançados em 2002, no governo FHC.  
 
O ex-ministro da Educação Paulo Renato Souza disse ontem que a maior compra do programa de livros ocorreu em 2001, quando foram adquiridos 60 milhões de volumes. Segundo o FNDE, o gasto em 2001 foi de R$ 50 milhões. Em 2003, foram comprados 48 milhões, ao custo de R$ 110 milhões. A diferença de preço, segundo o FNDE, se deve à qualidade da encadernação dos livros.  
 

Menu de acessibilidade