Plano prevê instalação de 4.500 salas com recursos multifuncionais

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O Ministério da Educação vai montar este ano 4.500 salas com recursos multifuncionais em escolas públicas de todo o Brasil. São espaços preparados para garantir a inclusão de alunos com necessidades especiais, contendo computadores com programas de leitura para deficientes visuais, impressoras em Braille, livros com fontes maiores e outros equipamentos. 
 
A nova política de educação inclusiva estabelece que os alunos com necessidades educacionais especiais freqüentem o ensino regular e, no contra-turno, recebam atendimento diferenciado. O curso de formação continuada de professores em atendimento educacional especializado, que está sendo realizado em Brasília até a próxima quinta-feira, 6, prepara docentes para lidar com esses estudantes e utilizar os recursos oferecidos. 
 
O curso, aberto nesta terça-feira, é uma iniciativa que formará, ainda este ano, 1920 professores em todo o país. A inclusão de alunos especiais está prevista no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que engloba mais de 50 ações que, juntas, devem assegurar educação de qualidade. 
 
“As salas de recursos multifuncionais são espaços que já fazem parte do sistema educacional brasileiro”, afirmou a secretária de Educação Especial do Ministério da Educação, Claudia Dutra, nesta terça-feira, 5, na abertura do curso de formação continuada. “Nos últimos três anos, foram inauguradas 1200 salas em todo o Brasil, além das escolas que fazem atendimento especializado e vão continuar fazendo, porém agora muito mais voltadas para apoiar o ensino comum e não para substituí-lo”, explicou. 
 
“Além do espaço, do equipamento, do mobiliário, dos recursos didáticos específicos para o atendimento educacional especializado, nós teremos com esse curso a formação específica para o professor atuar nessa sala”, reiterou a secretária. O curso vai até a próxima quinta-feira, dia 6. 
 
 
 
Curso forma tutores para atender alunos com necessidades especiais em todo o país 
Portal MEC – Ana Guimarães 
 
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva prevê a garantia do direito à educação para todas as crianças brasileiras com necessidades educacionais especiais. Apresentado pela Secretaria de Educação Especial (Seesp) em janeiro deste ano, o documento foi fundamentado na concepção dos direitos humanos. Um dos focos da nova política pública é a garantia do ensino regular conjugado com o atendimento educacional especializado, que deverá ser oferecido no contraturno escolar.  
 
Para garantir que os professores estejam preparados para atender aos preceitos da nova política, foi aberto nesta terça-feira, 4, na Academia de Tênis, em Brasília, o curso de formação continuada de professores em atendimento educacional especializado. Até a próxima quinta-feira, 6, especialistas da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) estarão atuando na formação de 146 tutores em atendimento educacional especializado. Depois de receberem a formação, eles retornam aos seus municípios, onde oferecerão um curso a distância para professores da sua cidade e de outros três municípios vizinhos. “Com esse curso, vamos alcançar 1.920 professores de todas as regiões do país. A iniciativa envolve, ao todo, 480 municípios”, explica Cláudia Dutra, secretária de Educação Especial.  
 
Os docentes que obtêm a formação em Brasília tornam-se, portanto, multiplicadores de conhecimento. Ainda em 2008, eles serão tutores de cursos a distância coordenados pela UFC e oferecidos para turmas com outros 12 professores. A intenção é disseminar uma nova perspectiva educacional no país. “Os alunos com deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento, alunos com superdotação, devem estar inseridos no ensino regular, em escolas comuns, em classes comuns, convivendo, participando com os demais alunos”, defende Cláudia Dutra.  
 
Um dos professores que vieram participar do curso em Brasília, Odilon da Mata, de Belo Horizonte, acredita que a união entre ensino regular e atendimento educacional especializado traz ganhos para toda a escola e não apenas para os alunos com necessidades especiais. “Inclusive, no primeiro momento, acredito que os outros alunos são os que mais ganham, pois aprendem a conviver com as diferenças e se tornam mais compreensivos, tolerantes e conscientes da dimensão humana”, destaca. 
 
O documento que traz a Política Nacional de Educação Especial está disponível no Portal MEC. O texto foi elaborado por um grupo de trabalho coordenado pela Seesp, que discutiu e sistematizou as diretrizes para nortear a educação especial.  
 

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