Pará discute a regionalização do livro didático

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A programação da Reunião Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que aconteceu em Belém (PA), na semana passada, teve como objetivo discutir propostas para a regionalização do livro didático no País. Além da Secretaria Estadual de Educação do Pará, o evento teve a participação de representantes das secretarias de educação dos estados do Amapá, Acre e Roraima.  
 
Para uma platéia constituída, em sua maioria, por professores dos ensinos fundamental e médio das redes pública e particular do Pará, o presidente da SBPC, Ennio Candotti, falou sobre a necessidade e conveniência dos livros didáticos contemplarem as realidades locais. Ele convidou a todos para trabalhar para que os livros didáticos, “que formarão os cidadãos paraenses da próxima década”, falem das coisas do Estado: “Precisamos retirar as antologias do livro didático, onde a girafa é mostrada como se estivesse no quintal de sua casa”. 
 
A secretária estadual de educação do Pará, Rosa Cunha, informou que a busca da regionalização do livro didático intensificou-se desde o ano passado e envolve os professores que analisam livros e pontuam aqueles que possuem maior grau de contextualização em relação à cultura regional. A secretária informou ainda que a temática foi discutida em reunião do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), em maio último, em Manaus, na qual o entendimento dos secretários estaduais de educação foi o de fortalecer a regionalização do livro didático. 
 
Bilíngües – Ao ressaltar a importância do livro didático como um dos mais importantes instrumentos pedagógicos utilizados pelos alunos, professores e instituições de ensino, a secretária Rosa Cunha, citou o exemplo do seu estado, onde os livros didáticos indígenas bilíngües são produzidos por professores indígenas, ilustrados por índios e editados pela Secretaria Estadual de Educação.  
 
A secretária municipal de educação de Belém, Luciene Medeiros, que pesquisou o livro didático na Amazônia, na década de 80, disse que “devemos nos libertar da ditadura do livro didático, fortalecer a identidade brasileira, mas respeitando a pluralidade regional. Seu conteúdo precisa ser reorientado para a valorização da cultura e dos autores regionais”.  
 
 

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