Palestra na Bienal antecipa ações do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

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O secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Cesar Callegari, conduziu a palestra “Conhecendo o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa” nesta última sexta-feira, dia 10 de agosto, abrindo o segundo dia do circuito de palestras do Salão de Ideias da 22º Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Sob a promoção da Abrelivros o painel foi acompanhado por educadores, professores entidades do setor, profissionais da cadeia produtiva do livro e do presidente da Abrelivros, Sérgio Quadros.

 


Na ocasião, Callegari expôs aos presentes as ações do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, um projeto que, previsto para ser lançado ainda este mês, envolve o governo, em todas as suas instâncias, no objetivo de assegurar que alunos da rede pública de ensino saiam do 3º ano do ciclo fundamental, ou seja, completem oito anos de idade alfabetizados, com domínio da língua portuguesa e da matemática, em suas operações iniciais, cumprindo a diretriz curricular do Ministério da Educação para esta etapa do ensino. “A alfabetização é um eixo primordial da educação. O pacto emerge de uma consciência mais profunda sobre a necessidade de se aprimorar essa que é a base da educação e do exercício da cidadania”, disse Callegari.

 

Em um panorama geral do mapa da alfabetização no país, Callegari afirmou que a maioria dos estados brasileiros ainda apresenta um índice que varia entre 15% a 20% de crianças que não atingem a alfabetização ao final do 3º ano do Fundamental. O secretário mostrou que estados do Nordeste do país, como Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e o Rio Grande do Norte, concentram a maior parte do problema, hoje traduzido em cerca de 40 milhões de analfabetos funcionais em todo o território nacional.
 

Entre as ações previstas dentro do pacto nacional estão o desenvolvimento de material didático e de leitura específico para a alfabetização, a compra de mais títulos de literatura e o lançamento de um edital para a aquisição de diversos materiais educativos complementares, como jogos, aplicativos, entre outros; a avaliação do resultado das ações; mobilização social e a formação continuada de professores alfabetizadores, sendo que esta última foi apontada pelo secretário como a mais importante iniciativa do projeto. “Temos hoje em média 245 mil professores que atuam na fase da alfabetização, a maioria mulheres. Infelizmente hoje a opinião pública desvaloriza esse docente, quando, de fato, o mercado deveria atrair e manter os melhores talentos nesta fase do ensino, uma das mais desafiadoras”, disse Callegari. Segundo ele, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa promoverá, junto às secretarias municipais e estaduais de educação, polos de formação continuada para estes professores, com atividades presenciais previstas para serem iniciadas ainda este ano.
 

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Durante a palestra promovida pela Abrelivros, na Bienal, Callegari afirmou que já são 4082 municípios brasileiros, ou seja, 75% das cidades do país comprometidas com os objetivos do pacto, inclusive já com coordenadores das atividades de formação eleitos.  “Um país que já conseguiu transpor desafios enormes, como a inflação ou o regime ditatorial, pode sim assegurar a alfabetização plena de suas crianças”, disse Callegari na palestra.

 

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