Países ibero-americanos debatem metas educacionais para 2021

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Ministros e secretários de educação de países ibero-americanos discutiram nesta terça-feira, 1, metas educacionais para melhorar a qualidade do ensino até 2021. Nessa data, a maioria dos países participantes completa o bicentenário de seus processos de independência. O tema foi debatido no seminário O Futuro da Educação na Ibero-América, realizado em Brasília.  
 
Os debates orientarão a implementação das Metas Educativas 2021: A educação que queremos para a geração dos bicentenários, acolhidas em compromisso firmado pelos ministros ibero-americanos reunidos em El Salvador, em 19 de maio de 2008. 
 
Para o ministro da educação, Fernando Haddad, o compromisso é importante para que a região pague uma dívida histórica com as sociedades latino-americanas em relação à oferta de educação de qualidade para todos. “Em todos os países latino-americanos, a organização do estado se deu de maneira oligárquica, e, portanto, não democrática”, disse.  
 
Na visão do ministro, muitos países, em especial o Brasil, vivenciaram um longo processo de escravidão, em que os negros deixaram de ser tratados como sujeitos de desenvolvimento, mas como objetos de exploração. “Além disso, vivemos o peso da contra-reforma, contra a liberdade de expressão, contra a escola pública para todos, em que os ideais liberais só chegaram muito mais tarde”, completou. 
 
Assim, na opinião do ministro, é preciso que a região se una para superar desafios comuns, tendo como eixo a educação. “Precisamos fazer muito em poucas décadas para superar séculos de atraso.” 
 
No mesmo sentido, o ministro da educação da Argentina, Alberto Sileoni, destacou a importância da educação para a formação de cidadãos plenos em benefício da democracia. “Devemos construir na região a democracia que queremos e, com essas metas, estreitar vínculos”, disse.  
 
São 11 as metas assumidas no compromisso: comprometer a sociedade com a educação; educar na diversidade; ampliar a educação infantil; universalizar a educação básica e melhorar sua qualidade; assegurar que todos os alunos alcancem as competências básicas; melhorar o acesso dos jovens ao ensino pós-obrigatório; conectar educação e emprego; educar ao longo de toda a vida; cuidar do desenvolvimento profissional dos docentes; contribuir para a configuração do espaço ibero-americano do conhecimento e para a pesquisa científica; conseguir mais recursos para a educação e investir melhor. 
 
Para saber mais sobre as metas e as dificuldades educacionais de cada país, acesse a página eletrônica da OEI.

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