Os números de um setor que não conhece crise

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O mercado de livros infantis no Brasil atrai cada dia mais a atenção das editoras, como a Planeta que criará um novo selo e a Rocco que amplia a atuação na área. Motivos não faltam aos editores. Além da bela constelação de escritores reconhecidos internacionalmente como Lygia Bojunga, recentemente premiada com o Astrid Lindgren da Suécia, ou Ana Maria Machado, que ganhou o Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da Literatura infantil, os números são expressivos. De acordo com a última pesquisa da Câmara Brasileira do Livro foram lançados 3. 280 títulos e produzidos 79.550.000 exemplares no ano de 2002 na área dos infanto-juvenis.  

Seguindo o embalo dos sucessos de Harry Potter de J.K. Rowling, e As Rosas Inglesas da pop star Madonna, a Rocco amplia a atuação no mercado infanto-juvenil. Além das coleções estrangeiras, a editora investe nos autores brasileiros e pretende ampliar a faixa etária dos leitores mirins com a publicação de obras voltadas para crianças de 5 ou 6 anos até os quase adultos, de 17 anos. Segundo a gerente editorial do selo Jovens Leitores, Ana Martins, a meta da Rocco para este ano é lançar três obras de autores nacionais por mês.  

Apesar das baixas vendas do ano passado, o setor infantil parece não ter sentido essa crise. “Desde Harry Potter e Madonna, a tendência é investir nesse setor. Não sentimos essa crise e devemos aumentar o volume de títulos lançados em comparação ao ano passado.“  

A editora também aposta em autores e ilustradores novos, ainda pouco conhecidos pelo público. “Cerca de 80% dos nossos lançamentos são apostas em novos talentos, mas também destacamos autores já consagrados como Angela Lago e Moacir Scliar.“  

Entre os títulos da editora para este ano, vale destacar a coleção Rosa-Choque voltada para meninas de 11 anos, das jovens autoras Talita Rebouças e Angélica Lopes. Além da continuidade da série Quem Quiser Que Conte Outra… com o lançamento de Caldeirão de Histórias, de Priscila Camargo. Em maio, chega às livrarias Angústia de Fausto, inspirado na obra de Goethe.  

O diretor editorial da Planeta, Pascoal Soto, depois da experiência na editora Salamandra, aposta na criação de um selo infantil. “Não é a vocação da Planeta em outros países, mas a realidade do Brasil é diferente se comparada com a do restante da América Latina“, diz. Para ele a aposta no novo selo está na riqueza da produção nacional, além da existência de um grande mercado amadurecido. “Temos uma das mais importantes produções do mundo, creio que a Planeta pode contribuir. Não pretendemos ameaçar ninguém, vamos entrar devagarinho nessa área.“ Em maio devem chegar às livrarias o primeiro livro infantil do escritor Eduardo Bueno, Romilda e Margarida, e Histórias de um Pequeno Astronauta, de Christiane Gribel. Ainda está previsto um terceiro livro, mas a editora faz suspense e não revela o autor.  

A Record aproveita a Bienal para lançar As Filhas da Gata de Alice Moram aqui, do jornalista Cláudio Fragata.  

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