Reproduzimos a seguir correspondência que o secretário Municipal de Cultura de São Paulo, Marco Aurélio Garcia, enviou ao editor responsável do Jornal Agora, tendo em vista a matéria veiculada sobre o serviço de bibliotecas ambulantes da prefeitura paulista.
“São Paulo, 22 de agosto de 2002
A
Nilson Camargo
Editor Responsável do Jornal Agora
Rita Camacho
Editora de Cidades do Jornal Agora
Senhores editores,
É mentirosa a notícia publicada no Agora de hoje (22 de agosto) de que a prefeita Marta Suplicy “sucateou“ a leitura na periferia de São Paulo. O uso do cachimbo malufista por oito anos na cidade de São Paulo deve Ter entortado a boca daqueles que pensam que política de bibliotecas é só construção de prédios. Em um ano e meio, a Prefeitura de São Paulo comprou mais livros do que em toda a gestão do governo Celso Pitta. São quase R$ 2 milhões. Agora, inicia a reforma da Biblioteca Mário de Andrade, que deve custar R$ 5 milhões em investimentos de ampliação e recuperação do prédio e de melhorias dos serviços oferecidos.
Mesmo planejada a construção de 45 bibliotecas pelo projeto dos CEUs, a política de leitura para a periferia não se restringe apenas a novos prédios. A Secretaria Municipal da Cultura fez as seguintes ações:
1. renovou e ampliou os acervos;
2. informatizou todas as bibliotecas, oferecendo acesso gratuito à Internet;
3. tornou disponível os catálogos de acervos de toda a cidade pela Internet;
4. providenciou dezenas de reformas dos prédios;
5. contratou 50 novos bibliotecários concursados, após oito anos sem contratações;
6. criou projetos como a Biblioteca do Trabalhador nos canteiros de obras;
7. desenvolveu programas de formação profissional para melhorar o atendimento;
8. implementou projetos de leitura como o “Escritor nas Bibliotecas“, que leva os autores até seus leitores na periferia da cidade;
9. tornou a biblioteca Monteiro Lobato um centro de referência de ações culturais para crianças e adolescentes, com programação diversificada e extensão dessas atividades para toda a rede e para o país;
10. com o Circuito Cultural, transformou as bibliotecas em centros de atividades multiculturais de literatura, dança, música, teatro e cinema.
Quanto ao Ônibus Biblioteca (que, mesmo em Kombi, atende de 200 a 300 pessoas por dia e não apenas 500 por mês), os veículos foram completamente sucateados, sim, mas pelo governo passado. Depois das reformas e restaurações dos carros, a Secretaria Municipal da Cultura aguarda a liberação da documentação legal para que os mesmos voltem a circular e oferecer este serviço, agora com mais qualidade e segurança, para a periferia de São Paulo.
Marco Aurélio Garcia, secretário Municipal da Cultura”