O livro continua insubstituível

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Produção não-didática cresce e é a maior dos últimos cinco anos. 
 
Após conviver nos últimos anos com a propalada hipótese da própria extinção diante da chegada feroz da internet e de pretensos substitutos digitais, o livro – o primeiro meio impresso de multiplicação do conhecimento humano – já se sente suficientemente forte para assegurar que não morre tão cedo.  
 
Na semana entre 27 e 30 de outubro, empresários, autoridades governamentais, presidentes de entidades e profissionais do livro de todo o País estarão reunidos em Porto Alegre para discutir o futuro da indústria livreira, que movimentou R$ 3,3 bilhões no ano passado, no 32 Encontro Nacional de Editores e Livreiros.  
 
“Não vejo neste momento ou num futuro próximo nenhuma plataforma eletrônica capaz de desbancar o velho livro de papel. Por isso, não parece demais prever vida longa ao livro, seja porque entendo ser difícil que um e-book ofereça o mesmo conforto para leituras longas, seja pelo fetichismo que o produto tradicional provoca a uma parte dos leitores“, diz o vice-presidente da organizadora do evento, a Câmara Brasileira do Livro, Bernardo Gurbanov.  
 
A tecnologia, ao contrário, tem ajudado o mercado editorial, na medida em que oferece novas técnicas econômicas de impressão, algo que passou a permitir o lançamento de títulos com pequenas tiragens e elevando a variedade de autores no mercado. Hoje é possível editar livros com 1000 exemplares, até menos. Há até dez anos, os custos não permitiam menos que 3 mil por tiragem.  
 
Em 2004, o mercado livreiro nacional deve fechar com estabilidade em relação ao ano passado, resultado, principalmente, da compra menor por parte do governo. Serão provavelmente 300 milhões de livros produzidos. O desempenho, porém, será melhor do que o de 2003 se considerada apenas a parcela de livros não-didáticos, bancados basicamente pelas compras governamentais. Devem ser produzidos 210 milhões de livros, o melhor resultado desde 1999.  

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