O caminho das pedras das compras governamentais

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Segundo a pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, as compras governamentais respondem por um terço do faturamento global da indústria do livro no Brasil. Mas qual a importância dessa modalidade de vendas para os editores? É coisa só para editoras grandes? E quais os caminhos das pedras para se acessar os editais? Para responder essas e outras perguntas, o Podcast do PublishNews conversou com Felipe Poletti, diretor comercial da Editora do Brasil, que apurou a metade do seu faturamento com vendas governamentais, e Natália Vieira, da consultoria Radar de Licitações, que estará presente no PN+ e que trabalha para ajudar as editoras a encontrar editais.

O Brasil tem quase 40 milhões de alunos na rede pública e pouco mais de nove milhões na rede privada e, segundo Natália, há uma grande movimentação na parte do setor de licitações para atender a esse público. “Talvez o que a gente tenha acompanhado nos últimos três anos é uma tendência das editoras pequenas e médias também conseguirem fazer parte dessas seleções”, destacou. “Agora, nós precisamos que essas editoras pequenas e médias consigam ter uma maior capacitação e um maior trabalho interno, um direcionamento para área de licitações para que elas se tornem mais competitivas”, completou.

Na Editora do Brasil, as compras governamentais já têm uma importância significativa. Segundo Felipe, os principais pontos são separar o PNLD das demais licitações dos âmbitos municipal e estadual e focar nas prefeituras. “Se a gente pensar que, por exemplo, a educação infantil ainda não é atendida em 2021 pelo PNLD – ela vai passar a ser atendida só em 2022 –, a gente tem um universo de quase quatro milhões de estudantes na pré-escola, é um mercado em potencial enorme que existe nas prefeituras. E é importante e necessário esse relacionamento com as redes, você apresentar o livro, o seu catálogo, porque muitas vezes essas licitações vão ser desenvolvidas a partir de uma demanda que os próprios editores acabam gerando”, explicou.

Na conversa, Natália falou sobre o trabalho anterior que deve ser feito pelas editoras que querem ser selecionadas nesses projetos, as estratégias a serem adotadas e a importância do PNLD literário. “Depois do PNLD 2018, nós vimos uma grande quantidade de pequenas e médias editoras mais engajadas dentro desse setor e se abrindo pra ideia da licitação”. Natália acredita ainda que a licitação exige uma pré-estrutura, e explica: “Sempre falo que antes de você escolher um edital, você precisa organizar a casa. A editora precisa correr atrás da documentação necessária para participar de uma licitação”, processo que exige tempo e investimento e conclui: “Para participar de licitação, você tem que se preparar. Você tem que identificar os documentos, estar com eles previamente preparados, suas certidões, saber onde você quer procurar o tipo de licitação – existem vários portais – então tem diversas formas dessas editoras participarem, e mais do que isso, elas têm que identificar o que a gente chama no marketing digit
al de nicho: quais as possibilidades que elas têm dentro das licitações”.

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