Número de escolas particulares no Estado triplicou desde 1996

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

Pesquisa do sindicato de estabelecimentos de ensino mostra que mais da metade tem até 100 alunos  
 
 
Se abrir uma escola particular em São Paulo já foi um bom negócio, hoje é uma aposta de risco. Por quê? Por causa da concorrência desenfreada. Dados divulgados ontem pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp) mostram que de 1996 a 2003 o número de particulares quase triplicou. Enquanto o de alunos ficou praticamente estável. Não é à toa que 52,8% das escolas do Estado têm somente até cem alunos. Na capital, esse índice é de 56,5%. Muitas têm dificuldade de se manter.

“Quem está tirando alunos da particular é a própria particular e não a pública, como às vezes se imagina“, diz o diretor do sindicato, Roberto Prado.

Somente na capital, de 2002 a 2003, surgiram 118 escolas. Entre as regiões campeãs em expansão estão Freguesia do Ó e Penha (com 20 novas instituições cada uma).

“A concorrência é muito grande. Você nunca tem a escola cheia. Muitas escolas conseguem cobrar abaixo da média porque não têm pessoal especializado, não estão regulamentadas nem têm método pedagógico“, diz Karen Giovana Queiróz Cardoso, diretora-administrativa da Escola de Educação Infantil Dengoso, na Freguesia, que tem 70 alunos e capacidade para 120.

Outra questão – Mas a concorrência não é o único problema. A  diminuição das taxas de natalidade – principalmente entre as famílias de mais alta renda – e o achatamento da renda da classe média também atrapalham a vida dos mantenedores.  
 
“Não vale mais a pena abrir escola“, diz Prado. “Quem já tem a sua deve pensar duas vezes antes de oferecer outro nível de ensino. Ou, então, se segmentar e voltar a oferecer um só nível, o médio, por exemplo.“ O sindicato deu início ontem, em Campinas, a uma série de reuniões com mantenedores para apresentar os dados. O levantamento se baseia em informações do Censo Escolar de 2003, do IBGE e da Secretaria de Estado da Educação. 

Menu de acessibilidade