Novos capítulos da novela Enem

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

Justiça Federal do Ceará, em outra liminar, determina reaplicação do teste para todos que se sentiram prejudicados nas provas e estende prazo para reclamações até o dia 26.


 

Mais uma reviravolta no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A Justiça Federal do Ceará concedeu, na tarde de ontem, nova liminar determinando a reaplicação do teste para todos os estudantes que se sentiram prejudicados pelas falhas do Enem, nos dias 6 e 7 deste mês. A medida atinge não só os alunos que receberam as provas de cor amarela com erros de impressão, como já previa o Ministério da Educação (MEC), mas também os candidatos que tiveram dificuldades por causa da inversão de cabeçalhos dos gabaritos.

 

A liminar ainda obriga o MEC a estender até o dia 26 o prazo para que os alunos prejudicados façam reclamações sobre o Enem. A decisão da Justiça pode abrir brecha para que todos os estudantes com mau desempenho no Enem 2010 tentem uma segunda chance com a reaplicação da prova. Mas, na avaliação do procurador da República Oscar da Costa Filho, a medida da Justiça é necessária, pois impede que o MEC faça um tratamento “discriminatório” e “ofensivo” aos candidatos prejudicados.

 

A decisão judicial, ainda passível de recurso, pode atrasar os planos do MEC, que, conforme reafirmou ontem o ministro Fernando Haddad, previa convocar os estudantes para uma nova prova já na próxima semana. Na liminar, a juíza da 7ª Vara Federal do Ceará, Karla de Almeida Miranda Maia, a mesma magistrada que pediu a suspensão do exame na semana passada, agora defende que “seja aplicada prova substitutiva ao Enem 2010, a todos os candidatos prejudicados pela inversão da ordem do cabeçalho do cartão-resposta, bem como àqueles estudantes que fizeram o exame com o caderno de provas de cor amarela em 6 de novembro, as quais foram maculadas por erro de impressão e de montagem, desde que haja prévio requerimento administrativo no site próprio do Enem”.

 

Para embasar a decisão, a juíza ainda argumenta que, conforme relatos de candidatos que encaminharam centenas de e-mails à Justiça Federal, “eles (os estudantes) foram orientados pelos fiscais de sala a marcar os cartões-respostas seguindo a ordem cronológica das questões, e, em seguida, quando já havia sido iniciada a marcação, foram orientados tardiamente a proceder de outra maneira, ou seja, seguindo o título da área de conhecimento. Esse fato gerou uma distorção que não se soluciona mediante simples correção invertida do cartão-resposta”.

 

Vale ressaltar que, para ter direito à nova prova, os estudantes que se sentiram prejudicados por falhas no caderno de provas de cor amarela e que tiveram problemas com o gabarito invertido devem entrar em contato com o serviço de atendimento do MEC. As reclamações podem ser feitas pelo telefone 0800-616161, das 8h às 20h, ou pelo e-mail falabrasil@mec.gov.br. O MEC informou que vai recorrer da decisão, por meio da Advocacia-Geral da União. (Com agências)
 

Menu de acessibilidade