Novo ministro assume a Educação

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O Ministério da Educação (MEC) passa a ter novo comando, a partir das 16h30min do dia 29 de julho, quando o atual secretário-executivo da pasta, Fernando Haddad, será empossado, no Palácio do Planalto, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O novo ministro vai substituir Tarso Genro, que deixa o MEC para ficar presidindo o PT.  
 
Haddad chegou ao MEC com Tarso no início de 2004. Juntos, finalizaram o anteprojeto da reforma universitária, cuja terceira versão será entregue, também hoje, às 15h30min, ao presidente Lula. O reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), José Carlos Ferraz Hennemann, acredita que Haddad prosseguirá com o trabalho que Tarso iniciou e que, no seu entendimento, tem duas grandes linhas: a proposta de reforma universitária e o diálogo claro com as universidades. “Não se volta à estaca zero”, frisou.  
 
A expectativa do presidente do Sindicato das Escolas do Ensino Privado do Estado, Osvino Toillier, é de que Haddad veja a escola particular como parceira. Segundo ele, o desejo é que o ministro reconheça o respeito que a escola particular merece pela contribuição histórica à educação e pela riqueza das diversidades filosófica e pedagógica que proporciona ao ensino. 
 
 
 
Lula garante continuidade nos projetos do MEC  
Folha Dirigida (RJ) 
 
Numa forma de exaltar as ações do seu governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a elogiar os projetos do Ministério da Educação (MEC) em discurso feito no início da semana. Segundo ele, a educação foi uma das áreas que mais evoluiu nos últimos 30 meses, ganhando prioridade no cenário político atual. Lula disse ainda que as inovações na área representam uma revolução.  
 
Mais uma vez, o presidente evitou falar da crise política e garantiu que as propostas do MEC, como a Reforma Universitária, serão encaminhadas e aprovadas com trâmite normal no Congresso Nacional. Lula também garantiu continuidade na pasta. Mas para integrantes da comunidade, a aprovação dos projetos não será tão fácil. Alguns educadores não acreditam que Lula queira mudar o foco da discussão, mas mostram preocupação.  
 
O reitor da Castelo Branco e ex-presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), Paulo Alcantara, se diz preocupado com o andamento dos projetos do MEC. “Na verdade, estou preocupado, pois pode complicar ainda mais para aprovar a reforma até o final do ano. E tenho a nítida impressão de que teremos problemas para passar a reforma no Congresso“. O reitor acredita que o andamento das votações no Congresso vai depender do resultado das investigações. “Não posso afirmar nada pois só teremos uma posição concreta daqui a um ou dois meses, quando tivermos de fato um posicionamento da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as denúncias de corrupção. Até lá, estamos todos na mesma expectativa“, diz o reitor da Castelo.  
 
O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ennio Candotti, é outro que não acredita numa tentativa de mudar o foco da discussão. Segundo Ennio, a gestão do MEC é elogiável. “O governo vem mostrando empenho para promover uma discussão franca sobre educação no país, em todos os seus pontos. Estes são temas importantes e não podem estar atrelados ao pêndulo das discussões políticas no país. Claro que sem esquecer dos princípios mais básicos da ética e da moralidade na administração pública“, afirma. Lula receberá a terceira versão do anteprojeto da reforma no dia 29 de julho.  
 
Segundo ele, pontos como o programa “Universidade para todos“ (ProUni) e a expansão do sistema federal de ensino superior representam uma verdadeira revolução para a educação nacional. “O ProUni foi uma revolução que o ministro Tarso Genro me propôs. Nós tínhamos um problema no Brasil que eram os jovens pobres que terminavam o segundo grau, prestavam vestibular, passavam e quando iam fazer a matrícula, simplesmente abandonavam os estudos porque não tinham condições de pagar“, ressalta o presidente.  
 
Lula ressaltou a criação das novas universidades federais e a interiorização de pelo menos 31 instituições já existentes. A meta do governo é atingir 40% dos universitários na rede pública até 2011. Segundo o Censo da Educação Superior de 2003, este número não chega a 30%. “Toda região pobre do país receberá a extensão de uma universidade federal, que terá menos custo do que a própria universidade“. O presidente falou ainda da educação como investimento no desenvolvimento no país. “Com mais gente formada, certamente o Brasil deixará de ser um país em vias de desenvolvimento e definitivamente será um país desenvolvido“.  
 
Com a entrega do cargo de ministro por Tarso Genro, prevista também para o dia 29, o atual secretário-executivo da pasta Fernando Haddad é o nome indicado para assumir o MEC. Desde que foi anunciado, o nome de Haddad vem recebendo apoio da comunidade. Embora lamentem a saída de Tarso num momento decisivo, reitores e dirigentes acreditam que o novo ministro saberá dar continuidade aos projetos da pasta. O reitor da UFF, Cícero Rodrigues, lembra que apesar da crise, é mais importante que não se coloquem a perigo idéias decisivas para o futuro do país. “Quem está no governo tem que pensar no país. A prioridade tem que ser a reforma“, defende o reitor. 
 

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