Nova prova para alunos prejudicados no Enem não compromete isonomia, diz Haddad

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A repetição de provas apenas para os alunos prejudicados por erros da impressão de provas no último exame do Enem não afeta a isonomia do exame. A afirmação é do ministro da Educação, Fernando Haddad.

 

 

Foi afirmado em audiência pública nesta terça-feira (16/11) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). De acordo com o ministro, os problemas do exame neste ano afetaram apenas 0,1% dos inscritos. A esses alunos prejudicados será assegurado o direito de fazer uma nova prova, sem que isso quebre a igualdade de condições para o conjunto de inscritos.

 

Conforme ressaltou, essa sistemática do Enem – de repetição de provas para parcela dos inscritos – é utilizada em exames mundialmente reconhecidos, como o Toefl e o SAT. A isonomia seria garantida pela utilização da metodologia da Teoria da Resposta ao Item (TRI). 
 

 

 

Enem poderá passar a valer por dois anos
Folha de São Paulo – Larissa Guimarães de Brasília

 
Após enfrentar problemas, MEC planeja ainda realizar mais de um exame por ano

 

Após enfrentar problemas com o Enem, o governo poderá ampliar de um para dois anos o prazo de validade da prova. A ideia, segundo a Folha apurou, é anunciar ainda neste ano a nova validade. Parte dos exames internacionais, formulados com metodologia similar, tem validade maior que um ano.

 

O governo também planeja realizar mais de um Enem por ano, disse o ministro Fernando Haddad (Educação). Para ele, isso poderá diluir os riscos e permitir que mais instituições se habilitem a participar do processo. No sábado, 6, primeiro dia de prova, parte dos exemplares tinha folhas repetidas ou erradas. Houve ainda erro no cabeçalho de todas as provas.

 

“Teríamos menos atropelos, mais tranquilidade, mais parceiros, mais empresas interessadas em colaborar com o setor público”, afirmou durante audiência no Senado. A data da nova prova, que será aplicada para parte dos alunos, deve ser fechada até o início da próxima semana. Apesar desse imprevisto, o ministro prometeu que não haverá atraso na divulgação das notas, que sairão na primeira quinzena de janeiro.

 

Ele disse que o governo poderá fazer a segunda prova para quem teve problema também no   domingo. “Vamos verificar se houve algum prejuízo por outra ocorrência de alguém no domingo.” Questionado por senadores, Haddad disse que “não há menor dúvida” de que houve erro do Inep (responsável pelo Enem). “Isso está sendo apurado.”

 

Em Niterói, ontem, a Andifes (associação de dirigentes de instituições federais) defendeu a descentralização do exame, aplicando-o por regiões, sob responsabilidade dessas instituições. Haddad disse que isso dependeria de ampliar o banco de questões do Inep.   

 

 

 

Ministro acha que um Enem é pouco 
Estado de Minas – Glória Tupinambás
 
Nem mesmo a sucessão de erros e falhas no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi suficiente para afastar o Ministério da Educação (MEC) da ideia fixa de aplicar mais de uma edição do teste por ano. Por mais surpreendente que possa parecer, essa foi justamente a solução apresentada pelo ministro Fernando Haddad para permitir a realização do teste com mais tranquilidade e menos atropelos. Em audiência no Senado, na tarde de ontem, Haddad ainda defendeu a hipótese de estender a validade da prova para dois anos. Atualmente, a nota obtida pelos candidatos é válida por um ano na disputa por vagas ou bolsas de estudos em universidades.

 

O ministro compareceu à audiência da Comissão de Educação, Cultura e Esporte para tentar explicar as trapalhadas ocorridas nos dias 6 e 7, quando cerca de 3,3 milhões de estudantes fizeram as provas do Enem 2010. Na lista de problemas estão cabeçalho de gabarito trocado, provas grampeadas de forma errada, uso de celular durante o exame, falta de informação sobre proibição de lápis, borracha e relógio e suspeita de vazamento do tema da redação. No início da semana passada, o MEC admitiu a possibilidade de reaplicar o teste aos candidatos prejudicados, mas a Justiça Federal não considerou a medida satisfatória e concedeu liminar suspendendo o exame. A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu da decisão judicial e, na sexta-feira, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região derrubou a liminar.

 

Para defender a aplicação de mais de uma edição do Enem anualmente, Haddad argumentou que mais gráficas poderiam participar do processo e que os estudantes ficariam menos ansiosos. “Penso que teríamos menos atropelos, mais tranquilidade, mais parceiros, mais empresas interessadas em colaborar com o setor público. A saída adequada e já planejada é que se realizem mais edições do Enem por ano, pois isso vai mitigar, se não a totalidade, a quase totalidade dos problemas que o Inep enfrenta com falhas às vezes humanas, às vezes ocorrências que não estão sob a sua governabilidade”, disse o ministro da Educação. Além de reduzir problemas na aplicação, Haddad defende a possibilidade de o aluno se inscrever mais de uma vez, escolhendo em qual edição vai participar. “Se ele (estudante) se absteve (de alguma edição), tem no horizonte uma nova oportunidade”, afirmou.

 

Sobre os erros registrados no Enem, o ministro disse no Senado que ainda não é possível apontar responsáveis pelas falhas na montagem do caderno amarelo das provas, já que a sindicância interna do governo deve ser instalada esta semana para apurar os problemas no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação e responsável pelo exame. “No ano passado (quando houve vazamento da prova), ninguém no Inep se furtou a prestar os esclarecimentos devidos. E sabemos hoje que não houve nenhuma participação de servidor do instituto nas ocorrências do ano passado. Antes de sacrificar um servidor, temos de dar a ele o direito de defesa”, concluiu o ministro. (Com agências)
 

 

 
Expectativa por data

Estado de Minas

A data para reaplicação do Enem aos candidatos prejudicados pelas falhas deve ser anunciada no fim desta semana ou no início da semana que vem. Ontem, o ministro cogitou a hipótese de aplicar nova prova também para estudantes que tiveram problemas com o cartão de respostas no domingo. Até então, o MEC só previa novos testes para alunos afetados no sábado.

 

“Vamos verificar se houve algum prejuízo, por alguma outra ocorrência, alguém que no domingo teve alguma dificuldade.” Segundo o ministro, todas as ocorrências passarão por um “pente fino” e o ministério está mapeando sala por sala onde foi realizado o Enem para localizar os participantes que receberam prova com erro de impressão e não conseguiram trocá-la na hora ou alunos que tiveram outros problemas. Para isso, o MEC usa a ata de cada uma das mais de 100 mil salas. Nesse documento, fiscais de prova anotam todas as possíveis ocorrências durante o exame. Quem reclamou para os fiscais sobre erros de impressão na prova teve o nome registrado na ata. Pelas estimativas do MEC, cerca de 0,1% dos estudantes que fizeram o Enem no início deste mês terão que refazer as provas.

 

Haddad ainda informou que depende da Cesgranrio, órgão responsável pela elaboração da prova, para definir o dia dos novos testes, mas garantiu que o MEC
 deve negociar com universidades federais para que os vestibulares não coincidam com a data a ser marcada. O ministro também garantiu que não haverá atraso na divulgação dos resultados do Enem, previstos para a primeira quinzena de janeiro.

 

Os alunos que se sentiram prejudicados por falhas no caderno de provas de cor amarela e que tiveram problemas com o gabarito invertido podem entrar em contato com o serviço de atendimento do MEC até sexta-feira. As reclamações podem ser feitas pelo telefone 0800-616161, das 8h às 20h, ou pelo e-mail falabrasil@mec.gov.br. Os candidatos devem ficar atentos, já que, depois que a requisição for feita, não é possível voltar atrás.
 

 

 

 

Ministro diz que Inep pagou caro por falhas no Enem

Agência Brasil
 
Ao prestar esclarecimentos sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Senado, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (16) que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) “pagou um preço muito caro por um crime cometido contra a instituição”.

 

“Não há que se falar em responsabilização criminal e civil de ninguém do Inep. Todas as hipóteses foram levantadas. O fato concreto é que uma das maiores gráficas do país não foi capaz de zelar pela segurança”, disse Haddad, referindo-se ao roubo de provas do Enem ocorrido no ano passado.

 

Ao tecer o comentário na Comissão de Educação, Haddad fez referências às falhas registradas este ano no cartão de respostas e nas questões do caderno amarelo e também ao vazamento de provas do Enem, identificado no ano passado. O ministro defendeu a punição de indivíduos envolvidos nos problemas, mas pediu que as instituições ligadas ao certame sejam preservadas.
 

 

 

 

 
Enem: Haddad diz que aguarda Cesgranrio e que vai negociar data de reaplicação com universidades

O globo 
 
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (16) que aguarda resposta da Cesgranrio, órgão responsável pela elaboração da prova, para definir a data de reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além disso, Haddad disse que a pasta deve negociar com instituições federais de ensino superior para que os vestibulares não coincidam com a data a ser definida.

 

Ao chegar ao Senado para prestar esclarecimentos sobre as falhas no exame, o ministro voltou a defender que o exame seja aplicado apenas para alunos que se sentiram prejudicados com as falhas registradas.

 

O Enem foi aplicado nos últimos dias 6 e 7 para cerca de 3,3 milhões de alunos. Foram registrados erros no cartão de respostas e no caderno amarelo. As provas chegaram a ser suspensas pela Justiça Federal no Ceará, mas o Tribunal Regional Federal da 5ª Região derrubou a liminar e liberou o prosseguimento do certame.
 

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