Morre o empresário Roberto Civita, sócio do Grupo Abril

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O empresário Roberto Civita, filho de Victor Civita, fundador do Grupo Abril, morreu às 21h41m deste domingo, aos 76 anos, devido à falência múltipla de órgãos, depois de três meses internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para a correção de um aneurisma abdominal. Deixa mulher, três filhos e seis netos. Desde a hospitalização seu filho Giancarlo Civita assumiu seu lugar na presidência do Conselho de Administração do Grupo Abril. O velório ocorrerá nesta segunda-feira, a partir das 11h, no Crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, São Paulo.

 

 

Roberto Civita estava no comando da companhia há mais de duas décadas, período em que a empresa diversificou seus negócios, tornando-se um dos maiores conglomerados de comunicação da América Latina. O grupo é responsável pela publicação das revistas Veja, Exame, Nova e Quatro Rodas, entre outras.

 

Civita acumulava oscargos de presidente do Conselho de Administração e diretor editorial do Grupo Abril, e presidente do conselho da Abril Educação. Mas, desde a sua internação, em março, estava afastado de todas as suas atividades no grupo, que foram assumidas interinamente pelo seu filho Giancarlo Civita, presidente executivo do Grupo Abril e vice-chairman da Abrilpar.

 

Ao lado do pai, o americano de ascendência italiana Victor Civita (1907-1990),Roberto ergueu um dos maiores conglomerados de mídia e educação da América Latina. A origem foi o escritório aberto por Victor em 1950, no centro de São Paulo, e que teve como primeiro negócio a publicação de “O Pato Donald”. Hoje, são mais de 9,5 mil funcionários e negócios espalhados por áreas que vão de revistas à TV segmentada.

 

A holding da família controla a Abril S.A. (substituindo a denominação antiga de Editora Abril), que publica 52 revistas para 4,7 milhões de assinantes e mais de 80 sites, com 59 milhões de internautas. Também estão sob esse guarda-chuva a MTV Brasil e a Elemidia. Outro braço do grupo é a Abril Educação, dona da editora Ática e do Sistema Anglo de Ensino, entre outros negócios. Em educação, a empresa é líder em provimento de conteúdo para alunos e professores.

 

A operação de maior prestígio é a de publicações. São mais de 200 milhões de exemplares por ano. Sete das dez revistas mais lidas do Brasil são da editora, incluindo a segunda maior revista semanal do mundo, a “Veja”, criada em setembro de 1968, que vende em média 1,1 milhão de exemplares por semana.

 

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, lamentou em nota a morte do empresário: “Roberto Civita era um homem de coragem e de vanguarda. Tinha amor pelo Brasil, obsessão pela verdade e crença inabalável na liberdade de imprensa. Ao idealizar e criar publicações como VEJA, maior revista de informação semanal fora dos Estados Unidos, deu uma contribuição inestimável à construção da democracia brasileira. Nossos sentimentos à família e aos amigos.”

 

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, divulgou nota na manhã desta segunda-feira lamentando o falecimento do fundador do Grupo Abril. “Roberto Civita foi um dos mais extraordinários, homens que conheci. Defensor intransigente da democracia, amava como poucos o Brasil. Roberto viveu e morreu sem perder a capacidade de sonhar. Seu sonho era ver o Brasil investindo na educação de qualidade para que pudéssemos construir um futuro melhor. O Brasil perde um idealista e eu perco um amigo querido. À Maria Antonia, filhos e netos minha mais sincera solidariedade.”

 

O senador José Agripino, presidente nacional do Democrata, disse que Civita era um “jornalista corajoso e de convicções claras. Ele colocou seu talento de empresário a serviço de uma causa: o Brasil que precisa dar certo. A força de suas ideias e a coragem de suas opiniões deixam seguidores que são um patrimônio da democracia brasileira”.

 

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