Ministros do Mercosul assinam acordo por integração educacional

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

Os ministros de Educação dos países do Mercosul, do Chile e da Bolívia assinaram no dia 06/06 a Declaração para o Desenvolvimento da Integração Cultural e Educacional na região. O documento foi assinado ao final da XXIV Reunião de Ministros do Mercosul, em Assunção, capital paraguaia. Na ocasião, o ministro brasileiro, Cristovam Buarque, conclamou os ministros de Educação presentes a pedir a seus presidentes para pôr a educação na agenda de estado dos países do Mercosul de maneira mais forte, “para que um dia a gente possa dizer que no nosso continente a educação está em primeiro lugar”. 
 
União – Falando após a apresentação do coral da Itaipu Binacional, o ministro Cristovam Buarque usou a construção da hidrelétrica como um exemplo do que pode ser feito quando há união entre os países. “Agora, precisamos nos unir por outra obra grandiosa, que é a erradicação do analfabetismo na região e a melhoria da qualidade da educação”, disse o ministro. A ministra de Educação do Paraguai e presidente da Reunião de Ministros de Educação do Mercosul, Blanca Duarte, ressaltou que a integração efetiva dos países da região só se dará pela educação. “As negociações e conversas sobre intercâmbio econômico para o desenvolvimento têm que incorporar a questão educacional”, defendeu Blanca, acrescentando que a luta contra o analfabetismo tem que ser uma ação de todo o bloco. Segundo levantamento de 2000, o Uruguai é o país com menor taxa de analfabetismo na região (2,2%), seguido de Argentina (3,1%), Chile (4,3%), Paraguai (6,7%) e Bolívia (14,4%). 
 
Durante a reunião, foi proposta a criação de um fundo do Mercosul específico para a área educacional. “Para que este bloco de países tenha soberania no mundo globalizado, é preciso garantir que a educação tenha um papel central na integração regional”, salientou o ministro da Educação argentino, Daniel Firmus. Também presente à reunião, o presidente do Paraguai, Luiz Gonzalez Macchi, disse que a ênfase na educação tem que ser uma política de Estado. 
 
Acordo – Entre os itens do acordo assinado pelos ministros presentes, está a admissão de títulos, certificados e diplomas para exercício da docência do espanhol e do português como línguas estrangeiras nos países do Mercosul. Os ministros também encaminharam ao Comitê Coordenador Regional de Educação dos Países do Mercosul um pedido para a implementação, a curto prazo, de um sistema virtual para ensino dos idiomas oficiais do Mercosul. 
 
O documento prevê ainda a adaptação curricular para alunos de Educação Média que mudam de um país da região para outro. Será adotada uma tabela de equivalência que garanta a mobilidade destes alunos. Cada país adotará os mecanismos que considerar adequado para a inserção de estudantes nesta situação, determinando o curso e o período ou série em que o aluno será absorvido, de acordo com as especificações técnicas da Educação Média. 
 
Também como forma de fomentar a integração cultural da região, os ministros do Mercosul, do Chile e da Bolívia decidiram pela constituição de bibliotecas escolares básicas com obras de autores dos países membros. Ficou acertado que cada país contribuirá com cinco títulos.  

Menu de acessibilidade