Ministro da Educação afirma que alto índice de abstenções do Enem já era esperado

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou este domingo que já esperava uma alta taxa de abstenção na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No domingo passado, primeiro dia de provas, 51,5% dos candidatos faltaram à prova — a maior abstenção desde a criação do processo seletivo, em 1998. Neste domingo, segundo dia de provas, a abstenção superou o recorde anterior, chegando a 55,3%.

Para justificar a alta abstenção, Ribeiro lembrou o panorama de edições anteriores do exame.

— Em 2009, nós tivemos 37% de abstenção. Não tinha pandemia, não tinha crise financeira, não tinha nada. Dez anos depois, em 2019, nós tivemos 23% de abstenção. Então, era esperada (alguma) abstenção — explicou o ministro, em visita a São Vicente e Santos (SP).

Ribeiro enfatizou que 500 mil candidatos faltantes eram treineiros — uma taxa elevada porque a inscrição era gratuita.

— Imagina o pai de um adolescente de 16 anos, vendo o que viram no Amazonas, 24 horas no ar. A mãe vai virar para o filho e falar “você é treineiro, não precisa ir” — avaliou.

O ministro assegurou que os candidatos que tiveram acesso vetado ao local do exame por temor de superlotação das salas terão a oportunidade de fazer a prova:

— Os alunos não vão ser prejudicados por falha de planejamento.

Até o domingo passado, mais de 8 mil candidatos ao Enem tiveram o pedido aprovado para fazer a reaplicação do exame por apresentarem diagnóstico comprovado de Covid-19.

Menu de acessibilidade