Ministro apresenta Alinhamento Estratégico do MEC

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Ousadia e inovação, criatividade e competência. Não ter medo de errar. Austeridade e honestidade. São estas as qualidades que o ministro da Educação, Cristovam Buarque, quer dos dirigentes do MEC. Segundo ele, é importante não se habituar com o que está errado. “Não se acostumar com a tragédia da Educação é não cair na indiferença”, afirmou dia 16/06, durante a apresentação do documento Alinhamento Estratégico do MEC 2003, que descreve as 19 prioridades e as 163 ações que serão desenvolvidas até dezembro próximo. 
 
Cerca de 300 autoridades, dentre dirigentes, assessores e técnicos do MEC, se reuniram no Centro de Convenções Israel Pinheiro, em Brasília, para a apresentação. Na oportunidade, o ministro Cristovam Buarque disse que quer criar no País um movimento educacionista, onde cada brasileiro lute pela Educação. “A Educação não é tema que unifica o Brasil. Cada um se preocupa com a Educação dos seus filhos, não dos brasileiros.”  
 
Assim como foi o movimento abolicionista, há um século e meio, Cristovam Buarque quer um movimento nacional pela Educação. A seu ver, a escassez de dinheiro para o setor não decorre da falta de recursos do País. “Existe porque os outros movimentos são mais fortes do que o educacionista.” 
 
O ministro entende que é preciso lutar pelo que considera o núcleo central do processo de transformação. “Enquanto a Educação estiver restrita aos funcionários do MEC e aos educadores, não será importante no Brasil. A industrialização não veio por causa dos operários das fábricas, foi resultante do movimento desenvolvimentista.” O ministro alertou para que ninguém fique deslumbrado com seus cargos. “Não temos cargos, mas encargos. Não queremos ser lembrados como ex, mas como quem fez.” 
 
Na opinião do ministro, o maior pecado do burocrata e do servidor tradicional é o pavor do erro. “Não tenham medo de errar. Tenham medo de ficar parados. Vamos tentar, com transparência, não de uma maneira escondida. Errar não é motivo de repulsa deste governo, mas desonestidade sim. Não há tolerância com comportamento desonesto, no mais profundo do seu significado de protecionismo e apadrinhamento.” 
 
Estratégias – O documento Alinhamento Estratégico MEC 2003 serve como bússola para a ação de todas as secretarias e entidades integrantes do MEC em 2003 e de instrumento de avaliação de sua ação, no começo de 2004. Inicia o desenho “da cara da Educação no governo Lula como estratégia de mudança” e apresenta o papel e as prioridades do MEC.  
 
O documento lembra que o Brasil chega ao século XXI com um quadro vergonhoso na Educação de massa. Cerca de 9,6 milhões de crianças em idade pré-escolar estão fora da escola. Das que têm idade escolar, 3,6% ainda não estão matriculadas. Mais de 2 milhões de crianças de 7 a 14 anos estão trabalhando em vez de estudar e 800 mil estão envolvidas nas piores formas de trabalho, inclusive a prostituição.  
 
No final, o Alinhamento Estratégico destaca que precisamos ter ousadia de pensar com ambição histórica. “Nada destrói mais os sonhos de quem quer contribuir para a história do que ficar preso às malhas burocráticas, deslumbrar-se com o status do poder e, sobretudo, perder a capacidade de indignar-se com a realidade que temos a obrigação de mudar.” 
 
O MEC, na gestão de Cristovam Buarque, estabeleceu quatro marcas para ser lembrado: mudar as condições de vida e trabalho dos professores e aprimorar sua formação; universalizar a Educação Básica com qualidade; abolir o analfabetismo; e transformar a Educação Profissional e a universidade. Para 2003, são 19 prioridades, dentre elas implementar a Bolsa-Escola Primeira Infância, iniciar o Programa Toda Criança Aprendendo, aumentar as vagas para alunos portadores de necessidades especiais, ampliar o Fundef e a educação de jovens e adultos e alfabetizar 3 milhões de adultos.  
 

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