Ministro afirma que a educação terá mais recursos em 2005

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O ministro da Educação, Tarso Genro, garantiu ontem, 21, que, em 2005, a educação vai ter mais recursos e que essa afirmação está baseada em decisão política tomada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Ele informou que o MEC está trabalhando junto à área econômica do governo para garantir as verbas no orçamento do próximo ano, que será definido e apresentado ao Congresso Nacional até 31 de agosto. 
 
Tarso Genro confirmou a movimentação do ministério para assegurar recursos para a educação após audiência com a presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ana Lúcia Gazzola, e com os presidentes da União Nacional de Estudantes (UNE), Gustavo Petta, do Conselho Nacional de Educação (CNE), Roberto Cláudio Frota Bezerra, e da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Carlos Abicalil. “Não viemos aqui discutir números, mas exigir e cobrar o compromisso político do presidente Lula em melhorar os investimentos na educação”, disse a presidente da Andifes.  
 
Na avaliação de Ana Lúcia Gazzola, o ministro mostrou-se empenhado na tarefa de buscar recursos, o que deixa a entidade confiante de que o governo está disposto a “deixar para trás o modelo perverso e atrasado de tratar a educação”. Em contrapartida ao esforço governamental, a Andifes informou que está construindo uma aliança com deputados e senadores para que, quando a proposta orçamentária com os novos valores chegar ao Congresso, ela seja aprovada e até melhorada. 
 
Mobilização nacional – Para o presidente da UNE, este é um momento crucial para o avanço do debate da reforma universitária. “Se a aprovação da reforma não vier acompanhada de mais recursos para o financiamento, será um trabalho inócuo”, disse Gustavo Petta. Ele informou que a UNE, em parceria com as centrais sindicais, fará uma mobilização nacional em Brasília, no dia 11 de agosto, para sensibilizar a área econômica do governo para a destinação de mais recursos para a educação no orçamento de 2005.  
 
O deputado Carlos Abicalil lembrou que o governo precisa fazer um esforço para triplicar as verbas da União que complementam os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Manutenção e Desenvolvimento do Magistério (Fundef), hoje em cerca de R$ 400 milhões, se quiser concretizar a criação do Fundo de Valorização da Educação Básica (Fundeb) em 2005. 
 
Durante o encontro com o ministro, as entidades reivindicaram um empenho especial do MEC na derrubada dos vetos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao Plano Nacional de Educação (PNE), especialmente aquele que prevê a aplicação de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação. Segundo Abicalil, “hoje, são aplicados cerca de 4% do PIB, mas esses valores precisam ser melhorados progressivamente”. 

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