Ministérios da Educação e dos Transportes concentram maior parte do novo bloqueio de gastos

Na semana passada, os ministérios do Planejamento e Orçamento e da Fazenda anunciaram que seria necessário fazer uma limitação adicional de cerca de R$ 600 milhões em gastos no orçamento deste ano. As despesas contingenciadas envolvem investimentos e custeio da máquina pública. O detalhamento, porém, foi divulgado somente nesta sexta-feira (29/09) por meio de decreto presidencial publicado no “Diário Oficial da União”.

Nesta nova rodada de contingenciamento, o Ministério da Saúde não teve verbas bloqueadas.

Veja os ministérios afetados pelo novo bloqueio

  • Ministério da Educação: bloqueio de R$ 165,7 milhões
  • Ministério dos Transportes: limitação de R$ 165,7 milhões
  • Ministério das Cidades: contingenciamento de R$ 96,5 milhões
  • Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional: bloqueio de R$ 28,5 milhões
  • Ministério da Defesa: contingenciamento de R$ 22,1 milhões
  • Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: limitação de R$ 15,5 milhões

Valor total bloqueado em 2023

Com esse novo bloqueio de gastos, o valor total de recursos limitado, no orçamento de 2023, subiu para R$ 3,81 bilhões. Antes, já haviam sido feitos dois contingenciamentos de recursos, em maio (R$ 1,7 bilhão) e em julho (R$ 1,5 bilhão) deste ano.

Ao considerar o bloqueio total já realizado pelo governo neste ano, os ministérios que mais perderam recursos foram:

  • Ministério dos Transportes: – R$ 984,8 milhões
  • Ministério das Cidades: – R$ 931,8 milhões
  • Ministério da Educação: – R$ 497,7 milhões
  • Ministério da Saúde: – R$ 452 milhões
  • Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: – R$ 262,2 milhões
  • Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional: – R$ 184,6 milhões
  • Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima: – R$ 109,7 milhões

Os bloqueios de gastos são necessários para atender ao limite existente para ano de 2023 – aprovado no fim do ano passado por meio da chamada PEC da transição e confirmado no arcabouço fiscal (a nova regra para as contas públicas).

Pulicado por Alexandro Martello, g1 em 29/09/2023.

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