Ministério da Educação constata piora na alfabetização de crianças

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MEC concluiu que apenas 4 em cada 10 crianças do segundo ano do ensino fundamental estavam alfabetizadas no país em 2021.O ministro da Educação, Camilo Santana, disse que o governo vai lançar um pacto nacional para melhorar os índices de alfabetização.

O Ministério da Educação constatou uma piora na alfabetização de crianças.

Em uma escola do Distrito Federal, a turminha que precisa de uma ajuda extra para aprender a ler tem todo o apoio. As aulas de reforço começaram depois da pandemia.

“No início do ano, a gente fez o diagnostico inicial e de lá para cá a gente já tem resultados já significativos”, diz a supervisora Misslene Oliveira.

Com a intenção de ter esse diagnóstico para todo o país, a Pesquisa Alfabetiza Brasil ouviu professores de escolas públicas e especialistas. Quis saber como deve ser o progresso das crianças no segundo ano do fundamental, com 7, 8 anos.

Com as respostas em mãos, o MEC criou um padrão, um consenso do que a criança precisa saber para ser considerada alfabetizada. Ela precisa, por exemplo, saber ler e escrever frases e pequenos textos, como bilhetes, tirinhas e histórias em quadrinhos. E também localizar informações em um texto.

Ao aplicar esse padrão inédito em cima dos dois últimos resultados do SAEB – o Sistema de Avaliação do Ensino Básico – o MEC concluiu que apenas 4 em cada 10 crianças do segundo ano do ensino fundamental estavam alfabetizadas no país em 2021. Antes da pandemia, em 2019, o número era melhor: 6 em cada 10 crianças estavam alfabetizadas.

O ministro da Educação, Camilo Santana, disse que o governo vai lançar um pacto nacional para melhorar os índices de alfabetização.

“Isso é algo que precisa reverter, isso gera evasão, isso gera reprovação, isso gera abandono da escola . O Brasil perde, hoje, milhões de crianças e jovens ao longo do ensino básico. Nós temos que fechar a torneira disso, nós queremos garantir que não vamos perder nenhuma criança, nenhum jovem na educação básica brasileira”, declarou Camilo.

A especialista Anna Helena Altenfelder afirma que é preciso resolver a defasagem na educação que só piorou com a pandemia.

“Nós já tínhamos uma porcentagem grande de crianças que não conseguiam se alfabetizar ao final do segundo ano em 2019. Então, me parece bastante acertado o Ministério da Educação encarar essa situação, buscar estabelecer um parâmetro, um consenso, do que consideramos uma criança alfabetizada para, a partir daí ,subsidiar política de um grande pacto nacional pela alfabetização”, disse a presidente do Conselho de Administração do Cenpec.

Publicado por Jornal Nacional – G1 em 31/05/2023.

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