Mercado editorial deve crescer 20% em 2006

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As editoras brasileiras prevêem repetir neste ano os bons resultados de 2005 e crescer cerca de 20%, segundo projeções da Associação Nacional de Editores de Publicações (Anatec). Entre os que mais puxaram o crescimento no ano passado estão os segmentos de literatura, religião e auto-ajuda. Já as voltadas a publicações acadêmicas esperam aumentar a participação no mercado editorial de livros escolares, que movimentou R$ 1,1 bilhão em 2004 com 155 milhões de exemplares, de acordo com o Ministério da Educação.  
 
O principal das editoras em 2006 é driblar a concorrência decorrente da entrada de novas empresas no mercado e também da tendência de reutilização dos livros e o uso de apostilas nas escolas, destaca Amaral Chianca, diretor editorial da Ática e da Scipione e membro do conselho fiscal da Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros).  
 
Estima-se que 30% das escolas privadas adotem apostilas. Perante esse cenário, a Ática espera crescer de 20% a 30%, não por conta do mercado privado e sim graças à reposição de livros da rede pública, com programas governamentais para alunos de 1ª a 8ª série. A empresa acaba de completar 40 anos e faturou cerca de R$ 186 milhões em 2005. 
 
Para aumentar sua fatia nesse segmento, a Ática está investindo em novos projetos, que incluem lançamento de títulos e maior atenção ao marketing, com o foco nas escolas e professores. Nos últimos três anos, a empresa destinou investimentos entre R$ 20 milhões e R$ 27 milhões ao ano. “Irão incomodar os concorrentes”, diz João Arinos, diretor-geral da Abril Educação e presidente da Abrelivros.  
 
No ano que vem, o investimento seguirá em torno de R$ 15 milhões na Ática e de R$ 12 milhões na Scipione, somando lançamentos para o mercado privado e para atender a rede pública, com livros didáticos e para-didáticos. 
 
De olho no período de volta às aulas, a Cortez Editora pretende lançar 100 títulos ao longo de 2006, somando os outros cerca de 700 que estão dispostos no catálogo da empresa, entre técnicos e científicos, áreas de educação, serviço social e sociologia. Em 2005 a empresa movimentou quase R$ 8,5 milhões em 2006 prevê manter a meta de 18% de crescimento.  
 
Segundo Antonio Erivan Gomes, gerente comercial e de marketing da Cortez, os investimentos para o próximo ano serão em torno de R$ 3 milhões em novos títulos. Em busca de ampliar sua atuação e conquistar espaço no mercado, a editora resolveu arriscar na área infanto-juvenil em 2004 e, agora, partiu para a língua espanhola, tanto nessa área, como na de serviço social. 
 
Com um catálogo de 1 mil títulos e uma produção de 90 títulos por ano, a Editora Unesp , braço editorial da Universidade Estadual Paulista, prevê um faturamento por volta de R$ 3,5 milhões este ano, um incremento de 5% nas vendas do ano passado. Jézio Gutierre, editor executivo da Unesp, comenta que o mercado de editoras universitárias têm tido uma queda consistente de rentabilidade de receita, mas olha 2006 com boa expectativa.  
 
“Esperamos um desempenho melhor no segmento”, afirma. A aposta da editora é incrementar sua tiragem em 15%, com novos lançamentos. Para isso, serão investidos por volta de R$ 1,4 milhão nessa ação.  
 

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