Mercado editorial brasileiro faturou quase R$ 3 bilhões em 2006

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O mercado editorial brasileiro faturou R$ 2,88 bilhões em 2006, o que representa 11,9% a mais do que em 2005. Foram vendidos 310 milhões de exemplares, 14,85 a mais do que no ano anterior. O número de títulos editados em 2006 foi de 46.026, resultado que ficou 10,8% acima do de 2005.  
 
As informações foram divulgadas hoje (29) pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), durante a apresentação da 20ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Segundo a CBL, existem atualmente no país 545 editoras ativas. A CBL divulgará os dados de 2007 durante a feira, que será realizada de 14 a 24 de agosto em São Paulo.  
 
Também durante a feira, será lançado o Livro de Todos, obra coletiva escrita durante um mês na internet por 173 colaboradores, entre autores novos e já conhecidos. Os textos do foram selecionados entre os mais de 300 escritos e resultaram nos 18 capítulos do livro. A versão impressa ficará a cargo da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.  
 
“Todos os autores que participaram desse processo de construção do livro serão convidados para uma sessão de autógrafos”, disse o diretor executivo da CBL, Eduardo Mendes. Segundo ele, os novos autores vão crescer mercado quando houver maior procura pelo livro. “Os novos autores são importantes, e há sempre uma nova geração de autores interessantes chegando, e esse processo de renovação é natural.”  
 
Mendes destacou que a bienal é uma oportunidade para os novos autores serem apresentados. “Os perfis dos novos autores são os mais variados possíveis. No Livro de Todos, por exemplo, temos muitos jovens que entraram no livro e temos ainda pessoas mais velhas, como um açougueiro, que entrou e escreveu um pedaço do livro.” 
 
Ele disse que, para quem pretende lançar um livro, o primeiro desejo deve ser o de colocar suas idéias no papel. Mendes lembrou muitos dos que pensam ou já pensaram em escrever um livro acreditam que, para isso, seja necessário ter uma grande idéia, o que nem sempre é verdade. “Basta expor seus pensamentos, fazer valer suas idéias, se mostrar enquanto pessoa. Isso cria referências e, quanto mais referências as pessoas têm, mais elas se conhecem e conhecem o outro Se vai ser uma grande obra literária, ou não, é outra questão.” 
 
Os caminhos para se publicar a obra variam. Segundo Mendes, o interessado deve buscar uma editora, ou um editor, e por meio dessa busca pode despertar o interesse para que alguém publique seu livro.  
 
Outro caminho, já bem explorado pelos novos autores, é a publicação independente do livro. “Felizmente hoje há um novo processo de impressão, a impressão sob demanda, que faz com que pequenas tiragens tornem-se viáveis. Então hoje é possível imprimir 50, 100 livros a um preço relativamente acessível”, afirmou o diretor da CBL. Além disso, o autor pode aparecer e publicar seu livro também participando de concursos, que viabilizam a publicação das obras.  
 
A Bienal Internacional do Livro de São Paulo contará com 350 expositores, representando mais de 900 editoras, com 4.100 lançamentos e 210.00 títulos expostos. Serão 73 estandes estrangeiros no Pavilhão do Anhembi, onde estão previstas 822 sessões de autógrafos. A organização do evento espera receber 800 mil pessoas, das quais 180 mil crianças, que poderão participar de diversas atividades culturais paralelas à exposição.  
 
“A bienal neste ano vem com o mote da comemoração dos 200 anos da indústria do livro no país, introduzida com a chegada da família real portuguesa ao Brasil. Além disso, homenageará o Japão em comemoração ao centenário da imigração japonesa, e lembrará os 100 anos do nascimento de Guimarães Rosa e da morte de Machado de Assis”, disse Eduardo Mendes.  
 

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