MEC quer melhorar a educação infantil

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O Ministério da Educação (MEC) vai examinar mais um aspecto do ensino básico no Brasil e, pela primeira vez, a educação infantil será avaliada. Ontem, a Secretaria Básica de Educação lançou um documento com os indicadores para analisar a qualidade do ensino às crianças de até 6 anos.  

A publicação – uma parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Ação Educativa, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e a Fundação Orsa – é um instrumento de autoavaliação, proposto às instituições públicas e às creches, em forma de questionário. O objetivo é levar os profissionais a refletir como estão os trabalhos e o que fazer para melhorar. O preenchimento não é obrigatório. Os resultados servirão de base à secretaria para planejar a política de educação infantil de cada município. “Queremos que seja feito de maneira sincera e não respondido apenas para agradar ao MEC”, afirma a secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda.  

No fim do conjunto de perguntas de cada um dos sete aspectos abordados, há um plano de ação sugerido pelo MEC. A primeira dimensão explorada pelo questionário é o planejamento institucional (propostas pedagógicas e registros de práticas educativas), seguida pela multiplicidade de experiências de linguagem (se a criança está indo à sala de aula, formas de expressão, entre outros), interações (diz respeito à integridade dos alunos), promoção da saúde, espaços materiais e mobiliários (como banheiro, biblioteca, cantinho de leitura, iluminação, segurança), formação e condições de trabalhos de professores e funcionários e cooperação e troca com famílias e participação na rede de proteção social.  

“Essa é a faixa etária mais indefesa e precisa de uma formação mais estratégica, mas não queremos qualquer uma e sim uma boa educação infantil”, ressalta Maria do Pilar. A secretária informou ainda que estão sendo construídas 1.020 escolas de ensino infantil em 1 mil municípios, inspirado no modelo das Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis) de Belo Horizonte.  
 
MÉDIO – O Brasil pode definir, esta semana, o novo currículo do ensino médio no país. A proposta do MEC deve entrar na pauta da reunião ordinária do Conselho Nacional de Educação (CNE), em Brasília, de hoje até quinta-feira. Para Maria do Pilar, aposta na aprovação do projeto em junho. Conforme o Estado de Minas anunciou com exclusividade em dezembro do ano passado, o aluno terá a chance de formatar a grade de estudos, escolher disciplinas afins e deixar para trás o método único de aprendizado imposto a todos, que não leva em conta as características e as aptidões individuais. A ideia é contemplar as necessidades reais dos estudantes. 
 
Entre as sugestões da Secretaria de Educação Básica, estão a ampliação da carga horária para além das quatro horas diárias atuais e a flexibilização do currículo. Haverá uma base obrigatória, composta por português, matemática, história e literatura, mas será permitido aos alunos escolher o restante das matérias, de acordo com o perfil e as aspirações profissionais e as normas definidas por cada estado, que tem autonomia para estabelecer as próprias bases. 
 

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