MEC e Unesco discutem caminhos para a educação infantil

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A 1ª edição do Simpósio de Educação Infantil da Fundação Bracell, entidade filantrópica com propósito de alavancar o poder transformador da educação no Brasil, aconteceu na quinta-feira, 27. Com a participação de grandes nomes que atuam com pesquisa e políticas públicas de educação infantil, como J-Pal, Unesco, MEC, Undime, Consec, Consed, USP, UFPR, FGV, Instituto Singularidades, Fundação Carlos Chagas, movimento Todos Pela Educação entre outros.

A iniciativa abordou as evidências sobre os impactos da educação infantil de qualidade no desenvolvimento e aprendizagem das crianças e a urgência dos investimentos em educação infantil e pré-escola.

“Queremos que todos saiam desse Simpósio com um senso da importância de avançarmos na educação infantil. É preciso olhar para acesso e qualidade com foco no hoje. Se oferecermos uma educação infantil de qualidade atendendo, principalmente, as nossas crianças em situação de maior vulnerabilidade, esses indivíduos poderão atingir seu pleno potencial”, defendeu o diretor-presidente da Fundação Bracell, Eduardo Queiroz.

Em sua palestra, a ganhadora do Nobel de Economia e cofundadora do Centro de Pesquisas J-PAL (Abdul Latif Jameel Poverty Action Lab), Esther Duflo, ressaltou que o desenvolvimento de um país depende da qualidade da educação dada as suas crianças e jovens.

O centro J-Pal em parceria com a Fundação Bracell iniciou o mapeamento iniciativas que melhorem a aprendizagem de crianças na pré-escola (quatro e cinco anos idade) no Brasil para, em uma segunda etapa do projeto, replicar aquelas que tiveram sucesso em São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul.

Ainda durante o evento, foi apresentada por Carolina Belalcazar Canal, especialista em educação no Escritório Regional da Unesco no Uruguai, a Declaração de Tashkent, que visa reafirmar o direito de todas as crianças à educação infantil e aos cuidados na primeira infância de qualidade, além de “renovar e reforçar o compromisso e a ação política, e mobilizar ainda mais os Estados-membros e a comunidade internacional para desenvolver políticas e programas de educação infantil inclusivos e com base em direitos; implementar sistemas e parcerias multissetoriais para a educação infantil eficazes e responsáveis; e aumentar o investimento equitativo e eficaz na educação infantil, incluindo a ajuda oficial ao desenvolvimento (AOD), como parte essencial e integrada das estratégias para promover a aprendizagem ao longo da vida, o desenvolvimento sustentável e a igualdade de gênero”.

O Simpósio contou com a presença de autoridades do Ministério de Educação (MEC), como Alexsandro Santos, diretor de políticas e diretrizes da educação integral básica, que destacou a importância de avançar na avaliação na educação infantil para enfrentar a desigualdade, qualificar os serviços e investir nas melhores alternativas. Por sua parte, Rita Coelho, coordenadora-geral de educação infantil na pasta, apresentou o recente processo, coletivo e democrático, de definição de parâmetros de qualidade que aguarda regulamentação do Conselho Nacional de Educação.

Voltada a pesquisadores, gestores públicos e de organizações do terceiro setor, a programação também promoveu discussões sobre os desafios da implementação das políticas públicas de educação infantil. “Estamos muito satisfeitos com a integração promovida pelo 1º Simpósio da Fundação Bracell, que reuniu importantes atores interessados em ampliar a qualidade da educação infantil no Brasil. Junto com instituições de relevância, como a Unesco, buscaremos explorar caminhos para o alcance das metas da Agenda 2030, especialmente do ODS 4”, afirma Eduardo de Campos Queiroz, diretor presidente da entidade.

O Simpósio contou ainda com a participação de Rebeca Otero (Unesco Brasil), Gabriel Corrêa (Todos Pela Educação), Aléssio Costa Lima (Undime), Eliana Bhering (Fundação Carlos Chagas), Lucimar Dias (UFPR), Bárbara Born (Instituto Singularidades), Bernadete Gatti (IEA/USP), Claudia Lagos (Ministério da Educação do Chile), Mozart Ramos (IEA/USP), Frederico Amâncio (SME Recife/ Consec), Helio Queiroz Daher (SEE Mato Grosso do Sul/Consed), Henrique Paim (Fundação Getulio Vargas) e Marcia Campos (Associação Bem Comum).

O evento marca a estreia da Fundação Bracell, que terá como principal pilar de atuação a educação infantil, além de apoiar parceiros que estão no campo da primeira infância e do desenvolvimento de lideranças.

A instituição já tem parcerias com instituições renomadas, como Todos Pela Educação, J-Pal, Insper e Unicef, e busca atuar em colaboração com governos, outras entidades do terceiro setor e universidades.

“Há um conjunto robusto de evidências comprovando que uma educação infantil de qualidade pode transformar positivamente a vida de uma pessoa, por isso trabalhamos para o fortalecimento das políticas públicas para esta etapa, especialmente a pré-escola.

Um de nossos objetivos, por meio de pesquisas e avaliação, é identificar soluções promissoras para melhorar a aprendizagem de nossas crianças”, destaca Eduardo de Campos Queiroz, diretor presidente da Fundação Bracell.

Queiroz completa: “A partir disso, o nosso desafio será, em conjunto com governos municipais e estaduais, buscar dar escala a estas soluções sempre buscando que as crianças brasileiras alcancem o seu pleno potencial”. Os pilares de atuação da Fundação Bracell estão alinhados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

*Nomes das pessoas que estão na foto:
– Priscila Costa, gerente de políticas e pesquisa no J-Pal
– Benny Lee, CEO Fundação Tanoto
– Rebeca Otero, coordenadora de educação da Unesco no Brasil
– Carolina Belalcazar Carnal, especialista em educação do escritório regional da Unesco Uruguai
– Eduardo Queiroz, CEO Fundação Bracell
– Mozart Ramos, Titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de SP (USP).

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