O senador Marco Maciel (PFL-PE) fez um apelo ao ministro da Educação, Tarso Genro, para que reveja sua decisão de suspender o programa Literatura em Minha Casa, que distribuía livros da literatura brasileira aos alunos que terminavam a 4ª e a 8ª série do ensino fundamental. Ele argumentou que o programa é fundamental para formar o hábito da leitura nas crianças e jovens e termina beneficiando, também, os adultos da família.
– Contesto a validade da decisão do MEC, de suspender o programa para avaliar os resultados da distribuição dos livros paradidáticos. Todos sabemos que isso equivale a cancelar o programa, colocando a lei de sua criação na pasta das leis que não pegaram no país – protestou.
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Marco Maciel afirmou que, se o Brasil quiser ser um país do presente, deixando o eterno posto de “país do futuro”, precisa desenvolver a educação, que representa não somente o acesso ao conhecimento e à cultura, mas sobretudo à participação cívica.
O senador acrescentou que o Brasil precisa, ainda, cuidar da inclusão digital, prossibilitando aos jovens o acesso a computadores nas escolas. Ele citou o escritor e político Norberto Bobbio, para quem o mundo de hoje não está mais dividido entre os que têm poder aquisitivo ou não, mas sobretudo entre os que sabem e os que não sabem.
Em aparte, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) disse que a decisão do ministro Tarso Genro de proibir a distribuição do livro não didático às crianças do ensino fundamental “foi deprimente”, causando desesperança a todos os que desejam estimular os jovens brasileiros a lerem por prazer.
Também em aparte, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) criticou a decisão do MEC, afirmando que tanto a leitura quanto a inclusão digital dos jovens são diretrizes fundamentais para melhorar o nível de cultura de toda a população.