Luís Antonio Torelli é o novo presidente da Câmara Brasileira do Livro

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Nesta quinta-feira, 26 de fevereiro, os associados da Câmara Brasileira do Livro (CBL) elegeram o novo corpo diretivo, presidido por Luís Antonio Torelli, da Editora Trilha Educacional. O presidente e seus diretores estarão à frente da entidade no biênio 2015/2017.

A chapa, com a plataforma ‘Mais livros em todos os sentidos’, coloca a obra literária como ponto central de sua agenda de trabalho. “Acreditamos que o livro é sempre fruto da ousadia. E, ao colocá-lo em primeiro lugar na nossa proposta, pretendemos colaborar nessa ousadia que deve caracterizar a CBL”, propõe o plano da nova gestão.

“Felizmente, estamos assistindo a uma forte mobilização em torno deste assunto. De um lado, observamos um grande avanço quanto às políticas do livro. De outro, o país desperta para a solução de um de seus mais graves problemas, que é o baixíssimo índice de leitura por habitante”, afirma Torelli, que tomou posse logo após a divulgação do resultado da votação.

Uma das metas centrais da diretoria eleita é estruturar uma organização social que viabilize as propostas do Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL. Para os novos gestores da CBL, ainda que haja envolvimento do Ministério da Cultura – MinC, do Ministério da Educação – MEC e da Fundação Biblioteca Nacional nos programas de incentivo cultural, algumas medidas se perdem com as trocas de governantes e ministros. Sendo assim, a entidade deverá assumir um papel ativo de apoio, tanto à iniciativa privada, como à pública, para que a leitura se torne um hábito comum para o cidadão brasileiro.

Além disso, propostas como ‘Leitura nos Parques’, envolvendo bibliotecas ambulantes, bem como uma premiação específica para os autores de obras infantojuvenis entraram na pauta. “A ideia central aqui é de que o livro se aproxime do público e desempenhe, de maneira conscienciosa, seu papel na sociedade”, afirma o presidente eleito.

Confira abaixo a composição da nova diretoria da CBL:

 

Presidente

Luís Antonio Torelli – EditoraTrilha Educacional

Vice-Presidente Administrativo e Financeiro
Vitor Tavares da Silva Filho – Distribuidora Loyola de Livros

Vice-Presidente de Comunicação
Luciano Monteiro – Grupo Santillana

Vice-Presidente Secretário
Hubert Alquéres – Bandeirantes Comércio de Material Didático – Editora Jatobá

Diretores Editores
Alexandre Martins Fontes – Editora WMF Martins Fontes
Susanna Florissi – Editora Galpão
Daniela Manole – Editora Manole
Marcio Borges – Panini Brasil

Diretores Livreiros
Antonio Erivan Gomes – Cortez Editora e Livraria
Marcus Teles C. de Carvalho – Leitura Distribuidora e Representações
Flavio Seibel – Livraria da Vila
Marcus Pedri – Distribuidora Curitiba de Papéis e Livros

Diretores Distribuidores
Paulo Victor de Carvalho – Inovação Distribuidora de Livros
Nassim Batista da Silva – Bookmix Comércio de Livros
José de Alencar Mayrink – Editora e Distribuidora Lê
Julio Cesar A. S. da Cruz – Catavento Distr. De Livros

Diretores Creditistas
Karine Pansa – Girassol Brasil Edições
Luiz Antônio de Souza – Editora Globo
Eduardo Reis – Editora Vale das Letras
Carolina Braga Leal – Árvore de Livros

 

 

Torelli toma posse e defende a criação de OS para operacionalizar PNLL
PublishNews – Por Leonardo Neto

Desde ontem (26), a Câmara Brasileira do Livro tem novo presidente. Luiz Antônio Torelli assume o cargo ocupado nos últimos quatro anos por Karine Pansa e defende a criação de uma organização social que operacionalizaria o Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL).

Em seu primeiro discurso como presidente da casa, Torelli agradeceu os componentes de sua chapa, que, em suas palavras, formarão com ele “um time capaz de perseguir o grande desafio na busca por mais leitores”. O novo presidente defendeu que a CBL deve assumir o papel na busca de fazer do Brasil um país de leitores.

“Não é mais possível que se aceitem os velhos argumentos de que o livro é caro, os pais não leem, os professores não leem para justificar os baixíssimos índices de leitura do país. Também não é mais possível creditar essa tarefa apenas aos governos. Não se trata aqui de críticas a pessoas, partidos ou programas, mas sim uma simples constatação de que — em um país deste tamanho, com as suas diversidades, complexidades e burocracia — querer que o livro e a leitura façam parte das mesas de prioridades desses governos é uma utopia” disse em seu discurso.

Como solução, Torelli aponta para a criação de uma organização social, ideia proposta por José Castilho Marques Neto, secretário executivo do PNLL. “Estou convencido que a CBL precisa apoiar e participar da construção de uma organização social para que governo e iniciativa privada se reúnam para discutir e encontrar soluções que ponham definitivamente em prática o PNLL”, defendeu.

 

 

AGRADECIMENTO KARINE PANSA

São Paulo, 27 de fevereiro de 2015

Caros,

É difícil acreditar que os quatro anos da minha gestão como presidente da CBL já terminaram. Como passaram rapidamente!

Envolvi-me incansavelmente no fascinante desafio de contribuir para o avanço do livro e da leitura em um País em que ainda se faz tão pouco nesse sentido.

Uma das prioridades do meu trabalho foi a Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Tive o prazer de estar à frente da entidade na realização de duas edições, em 2012 e 2014. Promovemos mudanças importantes, sempre com o objetivo de adequar o evento às transformações do mercado. Em 2014, ampliamos ainda mais a nossa bem-sucedida parceria com o Sesc São Paulo, que se estendeu à curadoria da programação cultural. Esta foi a Bienal do Livro dos jovens!

Em outra linha de frente, destaco a internacionalização do mercado editorial, cujo momento mais importante aconteceu na Feira do Livro de Frankfurt em 2013, que teve o Brasil como Convidado de Honra pela segunda vez. Também fomos homenageados em 2012, na Feira do Livro de Bogotá, na Colômbia; em 2014, na Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha e, este ano, somos o Convidado de Honra do Salão do Livro de Paris, que acontece de 20 a 23 de março próximo.

Também na meta da internacionalização, ressalto a parceria da CBL com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), por meio do Projeto Brazilian Publishers. Realizamos vários programas de divulgação e prospects de mercado. O projeto investiu fortemente na preparação de editores nacionais para apresentarem seus livros nas feiras de Frankfurt, Bolonha e Guadalajara. O Brasil avançou e deu passos importantes para se tornar cada vez mais um país vendedor de direitos autorais!

Outro assunto importantíssimo que avançou nestes quatro anos foi o livro digital. Tivemos o grande desafio de ser pioneiros na discussão sobre as mudanças de mercado com a realização do Congresso Internacional CBL do Livro Digital, que em 2014 chegou à 5ª edição.

Nosso querido Jabuti segue sua trajetória de sucesso como o mais importante e reconhecido prêmio do setor editorial brasileiro. Em 2014, na 56ª edição, a curadoria passou para a escritora e professora Marisa Lajolo e a cerimônia de entrega foi realizada no Auditório Ibirapuera.

Junto com as entidades do setor, participamos de maneira efetiva nas discussões sobre a Lei das Biografias, a Lei do Livro e no apoio ao Vale-Cultura. Outra importante conquista foi o convite que recebi para integrar o Conselho Diretivo do Plano Nacional do Livro e Leitura.

Ampliamos nossa participação nas questões internacionais do mercado editorial – desde 2012, integro o Comitê Executivo da International Publishers Association (IPA), que me permite participar de importantes discussões, como, por exemplo, Freedom to Publish (IFTP), que defende a liberdade de comunicação escrita no mundo.

Com um mercado cada vez mais exigente e competitivo, cumprimos nosso papel de oferecer cursos e workshops por meio da Escola do Livro, para cerca de 500 profissionais por ano.

Mais um trabalho relevante foi a qualificação da gestão interna da CBL: ao longo desses quatro anos, adequamos cargos e profissionais com ótimos resultados na melhoria de desempenho e produtividade. Também trabalhamos na organização do arquivo histórico da entidade, com a contratação de profissionais especializados.

Para finalizar este balanço, ressalto que todo o esforço do nosso trabalho refletiu-se no aumento do número de associados. Em 2013, as adesões cresceram 72% em relação ao ano anterior; em 2014, os números mantiveram-se estáveis.

Mais uma vez quero agradecer todo o aprendizado que tive nesses quatro anos à frente da CBL. Em primeiro lugar, agradeço à minha família por compreender que a minha ausência era por um grande objetivo, o livro. Agradeço aos associados da CBL, que me confiaram a responsabilidade de presidir a entidade e trabalhar pelo livro brasileiro.

Agradeço imensamente aos vice-presidentes Bernardo Gurbanov, Hubert Alqueres e Vitor Tavares; a todos os executivos e colaboradores da CBL, em especial, Mansur Bassit, diretor executivo, que, com seu trabalho, comprometimento e liderança, esteve presente em todos os momentos, para que, com toda a equipe, pudéssemos cumprir com êxito nossas missões. Muito obrigada aos parceiros da CBL nos múltiplos projetos que realizamos em parceria e às entidades representativas do livro. Muito obrigada aos integrantes das diretorias da CBL nos meus dois mandatos como presidente. Sem a sua presença, trabalho, conhecimento e desprendida dedicação, não teríamos conseguido atingir nossos objetivos.

Sem dúvida, foi uma grande honra trabalhar com todos vocês ao longo das duas gestões!

Deixo a presidência da CBL, mas sigo incansável na luta pelo livro. E a maior lição que aprendi foi entender em profundidade o significado e a grandeza de nossa contribuição à sociedade e ao País quando lutamos pela causa do livro! Aprendi, também, que devemos persistir diante de desafios e metas capazes de contribuir para que tenhamos um país melhor.

A Luís Antonio Torelli, novo presidente da CBL, e a toda a diretoria que agora assume a entidade desejo muito sucesso no seu trabalho! E que façam cumprir o conceito de sua campanha: Mais Livros em Todos os Sentidos!

Karine Pansa

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