Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), da Universidade de São Paulo (USP), que vem monitorando a evolução dos preços dos livros no Brasil desde a desoneração fiscal promovida pelo governo em dezembro de 2004, indicam que os livros estão subindo menos que a inflação. Em 2005, por exemplo, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subia na cidade de São Paulo 4,53%, os livros foram reajustados em 1,58%. No ano seguinte, o IPC evoluiu 2,55% e os livros, 0,67%. Em resumo, a inflação medida pelo IPC desde então ficou em 9,13% enquanto que os livros subiram 5,06%.
O fim de qualquer tributo sobre o livro foi uma primeira medida. Restam, ainda, pelo menos duas grandes ações estratégicas e que não podemos perder de vista: a criação de um grande programa de revitalização e manutenção das bibliotecas públicas (municipais, universitárias, escolares e comunitárias) e o aprofundamento das políticas de erradicação do analfabetismo que transformem analfabetos funcionais em leitores de verdade.