Livros do Estado têm, ao menos, mais 25 erros em SP

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Além de criar dois Paraguais em um mapa de geografia da 6ª série da rede estadual, os cadernos do aluno distribuídos pela gestão José Serra (PSDB) contêm mais 25 páginas com erros. As falhas estão presentes em 17 apostilas distribuídas para alunos da 5ª à 7ª séries do ensino fundamental e para as três séries do ensino médio.  
 
O material não será recolhido, ao contrário do que foi feito com os 500 mil livros de geografia com o mapa errado. Em vez disso, o Estado fará um “remendo“: cada aluno receberá uma folha com as correções de todas as disciplinas de sua série em que há falhas e ele próprio fará a alteração.  
 
A Secretaria de Estado da Educação diz que são 18 erros, incluindo o mapa com dois Paraguais, e que se trata de pequenas falhas de digitação.  
 
A lista de erratas foi detectada pela Folha no próprio site da Secretaria de Estado da Educação. No levantamento feito pela reportagem, há 26 páginas com as correções já feitas –algumas tinham mais de um erro– em nove disciplinas.  
 
São mapas trocados, expressões em inglês incorretas, erros de grafia de nomes e frases que foram alteradas. A reportagem comparou, então, as páginas revisadas com os cadernos já distribuídos aos estudantes de quatro escolas estaduais em Ribeirão Preto.  
 
No caderno de artes da 7ª série, por exemplo, o nome do compositor Charles Gounod é grafado como “Goudnod“. A expressão “in front of“, no livro de inglês entregue para a 5ª série, é escrita erroneamente como “of front of“. Em um texto de português do 1º ano do ensino médio, a questão pede para que o aluno crie um título para um texto de jornal. Porém, a notícia já trazia um título, o que foi suprimido na correção.  
 
Em filosofia, o caderno para o 2º ano do ensino médio usa o termo imperativo “categórico“ em vez de “hipotético“.  
 
Em química, a tabela para os alunos de 2º ano do ensino médio mostra a palavra “solubidade“, em vez do correto, “solubilidade“. Outro mapa de geografia, desta vez do 1º ano do ensino médio, estava trocado: o caderno trazia um mapa com destaque para o Brasil; não deveria haver país grifado.  
 
Outro lado
 
A Secretaria de Estado da Educação disse, via assessoria de imprensa, que detectou 18 erros nos cadernos distribuídos aos alunos, e não problemas em 26 páginas, como a Folha constatou. Segundo a assessoria, cada aluno receberá uma folha com as correções necessárias.  
 
Os 18 erros incluem o mapa com dois Paraguais, que estão no único caderno que será recolhido -na semana que vem.  
 
A secretaria disse que os erros são de digitação. Após o mapa com dois Paraguais, a pasta determinou que a Fundação Vanzolini, responsável pelo material, fizesse revisão.  
 
A Fundação Vanzolini afirmou que só 1,5% de 6.016 páginas continham erros. Foram produzidos 36 milhões de cadernos.  

Falha de diagramação causou erro em livros distribuídos em escolas de SP, diz fundação
Agência Brasil

Uma falha de diagramação causou erros publicados em cerca de 500 mil livros distribuídos a estudantes do estado de São Paulo, segundo a Fundação Vanzolini, responsável pela elaboração dos mapas e do projeto gráfico da obra.

Um livro didático de geografia, usado por alunos da 6ª série do ensino fundamental nas escolas públicas, mostra o Paraguai duas vezes em um mapa da América do Sul e exclui o Equador. O problema aparece tanto nos livros destinados aos estudantes quanto nas publicações destinadas aos professores.

A Secretaria de Estado da Educação informou que determinou à Fundação Vanzolini a troca das publicações com erros. De acordo com a secretaria, a instituição arcará com todos os custos da troca, incluindo a impressão e a distribuição.

O livro com erro é um material complementar distribuído na rede estadual. A publicação não substitui o material didático, mas é utilizada em conjunto com os materiais destinados aos professores.

A fundação informou, por meio de nota, que o problema afetou 1,55% dos livros publicados e foi gerado no processo de diagramação e aplicação dos nomes dos países na publicação. Segundo a instituição, a base cartográfica está correta, e o livro, na página 3, traz o mapa com os nomes dos países adequadamente aplicados.

“Com isso, deixa-se claro que o mapa recomendado pelos especialistas indicados pela Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação estava correto“. A Fundação Vanzolini informou ainda que será estudada uma forma de reaproveitar os cadernos recolhidos.

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