Livro polêmico fica, diz MEC

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

Após o repúdio inicial, porém, aparecem defensores da escolha.

 

Obra entregue em escolas permite erros de concordância e divide opiniões Ao apresentar e defender construções como “os livro” e “os peixe” em um livro didático como “variedades de fala popular”, o Ministério da Educação (MEC) causou polêmica entre educadores e especialistas.

 

Ontem (18), o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que o MEC não recolherá o livro, distribuído a 484.195 alunos de 4.236 escolas. “Já foi esclarecido que as pessoas que acusaram esse livro não tinham lido. Uma pena que as pessoas se manifestaram sem ter lido”, afirmou.

Considerando que a obra “Por uma Vida melhor”, da coleção “Viver, Aprender”, é destinada aos alunos do ensino de jovens e adultos (EJA), há quem defenda a abordagem para atrair e mexer com a autoestima desse nicho da sociedade.

 

Doutora em linguística, Ana Maria Zilles afirma que a polêmica é descabida. Em outra ponta, professores da gramática se ofendem em ver um objeto de estudo dos alunos com erros de concordância. É a opinião do doutor em letras Cláudio Moreno.

 

Em meio ao debate, se levantou o temor de que a escrita fosse adaptada à fala das ruas. Com isso, manifestações como “os pé” e “os carro amarelo” poderiam ser incorporados à norma culta. Exemplos na história existem aos montes. A palavra “você” já foi “vossa mercê” no passado.

 

Ontem (18), a Ação Educativa, organização responsável por elaborar o material, afirmou que o livro não deixa de ensinar a norma culta. Apenas indica que há “outras variedades diferentes”. Vera Masagão Ribeiro, coordenadora-geral da entidade, diz que os exemplares foram avaliados positivamente por doutores em educação do País.
 

Menu de acessibilidade