‘Livro’, ‘leitura’, ‘bibliotecas’ e ‘livrarias’ nas eleições municipais

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No próximo domingo (15), eleitores dos 5.570 municípios brasileiros vão às urnas definir seus futuros prefeitos. Pela legislação brasileira, os municípios são responsáveis por parte dos serviços prestados à população. É nesta esfera que estão a grande maioria das escolas de ensino fundamental e são dos municípios boa parte das bibliotecas públicas do país. São as prefeituras também as responsáveis pelo fomento de atividades culturais nas cidades e ainda pela manutenção de espaços onde a cultura é protagonista.

Pensando nisso, a partir desta segunda-feira (09), o PublishNews inicia uma série que trará informações obtidas por meio da leitura dos planos de governo dos quatro candidatos mais bem pontuados em pesquisas devidamente registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Farão parte da série quatro capitais que concentram boa parte da produção editorial brasileira: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Para as capitais fluminense, paulista e mineira, o PublishNews usará os resultados da pesquisa do Datafolha publicada no último dia 6. Já para Porto Alegre, a pesquisa será a do Instituto Methodus. As informações foram retiradas diretamente dos planos de governo de cada um dos candidatos ao fazer uma busca simples pelas palavras “livro”, “leitura”, “biblioteca” e “livraria”.

A série começa pelo Rio de Janeiro, de onde serão analisados os candidatos Eduardo Paes (DEM), Marcelo Crivella (Republicanos), a delegada Martha Rocha (PDT) e Benedita da Silva (PT), os quatro primeiros colocados na pesquisa Datafolha.

No plano de Eduardo Paes, não há registros da palavra “livro”, “leitura” ou “livraria”. “Biblioteca” aparece uma única vez, quando o candidato propõe “restaurar e recuperar os equipamentos culturais municipais” e cita as Bibliotecas do Amanhã. Além do plano de governo, Paes elaborou cinco “cartas-compromisso”, uma delas destinada à área de Cultura. Ali, promete “fomentar ações de bibliotecas, livro e leitura, valorizando a biblioteca como espaço de excelência, onde se multiplicam aprendizados, vivências e formação cidadã”.

Marcelo Crivella, que busca a reeleição e está em segundo lugar na pesquisa promete usar intensivamente um software de “fluência de leitura, em parceria com a universidade para residência pedagógica”.

Terceira colocada, segundo o Datafolha, a delegada Martha Rocha é a que mais usa as palavras “biblioteca” e “leitura” no seu plano de governo. “Biblioteca” aparece cinco vezes no documento e “Leitura” em quatro situações. A candidata defende que os alunos “devem ser estimulados, desde cedo, a construírem sua autonomia e seu empoderamento”. Neste sentido, “o universo da leitura e da escrita deve ser apresentado de maneira envolvente, significativa e prazerosa”, diz o plano que defende colocar o aluno como protagonista de seu próprio processo de aprendizado. A candidata faz ainda um compromisso com a alfabetização na idade certa e diz que a prioridade será o “desenvolvimento pleno das capacidades de leitura e escrita, além do manejo da matemática elementar”. Martha Rocha promete deixar as escolas mais disponíveis aos alunos da rede municipal, aumentando “as possibilidades de uso da escola no contraturno, em especial, em espaços como bibliotecas, salas de estudo, espaços de leitura etc”. A candidata se compromet
e ainda com a criação do programa “Cultura nas Escolas Cariocas”, através do qual, pretende “investir fortemente na integração entre as políticas educacionais e culturais do município”. Para isso, quer buscar parcerias e ampliar o uso dos equipamentos culturais da cidade pelas escolas (teatro, lonas culturais, bibliotecas etc).

Na área cultural, o plano defende ainda que a “gestão cultural deve ser pensada a partir de uma perspectiva participativa e colaborativa”. Para isso, propõe a formação de um “sistema de vários sistemas”, integrando, em rede, bibliotecas, museus e demais equipamentos públicos. A candidata promete ainda “reformar, equipar e modernizar teatros, espaços, centros e lonas culturais, museus e bibliotecas públicas” por meio de investimentos próprios e de parcerias com a iniciativa privada. Marta Rocha quer ainda criar hortas agroecológicas em equipamentos públicos, incluindo aqui as bibliotecas.

A ex-governadora Benedita da Silva usa a palavra “biblioteca” uma única vez para informar que 67% das escolas possuem este tipo de equipamento nas suas estruturas. Os outros verbetes não são usados. Está na proposta da candidata petista, o fomento a slams e saraus poéticos e realizar regularmente a “Feira Literária”.

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