Literatura entra na vida de jovens e adultos recém-alfabetizados

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Enfim o conto, a novela, a poesia, a crônica vão fazer parte da rotina de milhares de jovens e adultos que participam do programa Brasil Alfabetizado em todo o País. Para eles, 2007 começa com o desafio de desvendar a beleza, a surpresa, o mistério que está dentro de dez livros que começam circular pelas salas de aulas. 
 
O Ministério da Educação lança, no dia 5 de dezembro, a coleção Literatura para Todos, na abertura do seminário Diferentes Diferenças, na Academia de Tênis, em Brasília. Os livros, dirigidos aos que estão aprendendo a ler e a escrever, vão para as salas de alfabetização no início do próximo ano. 
 
A primeira edição de Literatura para Todos terá 1,1 milhão de exemplares, sendo 110 mil a tiragem de cada obra. Acompanha a coleção um manual para os alfabetizadores, com textos curtos, informando sobre a importância da leitura, para que serve, o papel do alfabetizador, abordagem sobre os sete gêneros literários constantes na coleção, resenha de cada livro e depoimentos de três escritores sobre como eles aprenderam a ler. 
 
“É um projeto inovador e inaugural”, diz o coordenador técnico do concurso e coordenador-geral da alfabetização da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Tancredo Maia. Ele explica: inovador porque oferece aos jovens e adultos obras de qualidade escritas especialmente para eles. Inaugural, porque amplia a inclusão do saber para um público que hoje está fora das perspectivas do mercado editorial.  
 
Tancredo Maia destaca a qualidade dos livros selecionados entre 2.100 obras inscritas no 1º Concurso Literatura para Todos, em 2005. Entre os dez premiados, e que estão nesta coleção, encontra-se Domingos Pellegrini, escritor, jornalista e publicitário com cerca de 40 livros publicados e ganhador do prêmio Jabuti, um dos mais importantes da literatura nacional. Pellegrini está na coleção ao lado de jovens escritores, selecionados pela sua qualidade, explica o coordenador. 
 
O Ministério da Educação vai distribuir a coleção de duas formas. Cada alfabetizador receberá uma ou duas coleções, dependendo do número de alunos que tenha na sala de aula. Se tiver, por exemplo, 20 a 25 alunos, receberá duas coleções. Será função do educador fazer circular os livros entre os alunos, de forma que todos possam ler todas as obras. 
 
Os objetivos desta ação escolar, diz Tancredo Maia, são despertar nos alunos o gosto, o hábito e o prazer pela leitura, levá-los a conhecer os gêneros literários, fixar conhecimentos, ampliar a cultura. 
 
A outra modalidade de distribuição será por meio dos carteiros. O MEC discute um acordo com os Correios, onde cada carteiro terá uma coleção e fará as vezes de agente de leitura na sua área de distribuição de correspondência. Neste caso, o carteiro receberá o cadastro dos alunos que participaram do programa Brasil Alfabetizado nos anos de 2004 e 2005, na sua área de trabalho, e fará circular entre eles os livros, de forma que todos possam ter acesso a todas as obras. 
 
Coleção – O 1º Concurso Literatura para Todos selecionou e premiou dez obras, de sete gêneros literários, que hoje fazem parte da coleção. Estas são as obras: Família composta (peça de teatro), de Domingos Pellegrini (PR); Madalena (novela), de Cristiane Dantas Costa (RJ); Cabelos molhados (conto), de Luís Pimentel (RJ); Cobras em compota (conto), de Ana Cristina Araújo Ayer de Oliveira/Índigo (SP); Quando o gosto pela leitura (crônica), de Paulo César Dias Rodrigues (RS); Léo, o pardo (biografia), de Rinaldo Santos Teixeira (SP); Batata cozida, mingau de cará (tradição oral), de Eloí Elizabete Bocheco (SC); Caravela (redescobrimento) (poesia), de Gabriel Bicalho (MG); Entre as junturas dos ossos (poesia), de Vera Lúcia de Oliveira; e Abraão e as frutas (poesia), de Luciana de Mendonça (RJ).  
 

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