Investimento de R$ 15 milhões em olimpíada vai estimular ensino de língua portuguesa

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Estão abertas as inscrições para a primeira Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. A iniciativa foi lançada nesta terça-feira, 19, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Os recursos previstos para a olimpíada são da ordem de R$ 15 milhões e todas as escolas públicas municipais, estaduais ou federais podem participar.  
 
O prazo para que as secretarias estaduais e municipais de educação se inscrevam no programa vai de hoje, 19 de fevereiro, até 14 de abril. A expectativa é que a competição atraia seis milhões de estudantes de escolas públicas. “Essa iniciativa é, na verdade, uma metodologia para a formação de professores e para o engajamento social em torno da escrita”, explica Antonio Matias, presidente da Fundação Itaú Social, uma das parceiras do Ministério da Educação na Olimpíada de Português. 
 
A olimpíada seguirá o modelo do programa Escrevendo o Futuro, que vinha sendo desenvolvido desde 2002 pela fundação. Para a secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda, a ação anterior tinha um modelo de formação de professores que conseguia engajar profissionais de todo o país. “A política do ministério é absorver cada vez mais essas boas práticas e experiências que estão sendo desenvolvidas em educação”, destaca.  
 
Cinco etapas eliminatórias serão feitas antes que sejam eleitos os 15 vencedores nacionais. A primeira será escolar, a segunda municipal, a terceira estadual, a quarta regional e a quinta e última será nacional e deve ser realizada em Brasília, em novembro deste ano.  
 
A última etapa será o encontro nacional para os 150 finalistas, a ser realizado na capital federal. Destes 150 serão escolhidos 15 estudantes e professores. Os 500 alunos e professores semifinalistas receberão medalhas de bronze e livros. Os 150 finalistas ganharão medalhas de prata e microssistems. Os 15 classificados na etapa nacional receberão medalhas de ouro, computadores e impressoras. Além disso, as escolas onde estudam os 15 vencedores da olimpíada também serão contempladas com um laboratório de informática com dez computadores e uma impressora, além de livros para a biblioteca. 
 
Com a parceria do ministério, essa é a primeira vez que haverá a participação de alunos das sétimas e oitavas séries do ensino fundamental e do ensino médio. O tema central da olimpíada será O Lugar Onde Vivo, desenvolvido em três gêneros textuais: poesia, memória e artigo de opinião, que serão aplicados aos alunos de 4a e 5ª séries, 7ª e 8ª e de nível médio, respectivamente.  
 
Com esse tema, que já vem sendo desenvolvido desde 2002, a intenção é que os estudantes possam interagir com a comunidade. “Queremos que eles passem mais tempo em atividades da escola, mas não necessariamente dentro da escola”, esclarece Matias. O presidente da Fundação Itaú Social acredita que o tema da olimpíada incentiva a pesquisa das comunidades e conseqüentemente de aspectos da cultura brasileira. 
 
Para ajudar na preparação dos alunos, os professores receberão o Caderno de Orientação do Professor, com metodologias a serem aplicadas na preparação dos alunos para o concurso. “A intenção é que os professores apliquem esses métodos no horário das aulas de português. Assim, todos os estudantes ganham em formação”, explica Maria do Pilar Lacerda. Seguindo as orientações previstas pelas olimpíadas, a intenção é que os professores desenvolvam também suas próprias didáticas em sala de aula.  
 
A olimpíada é bienal e nos anos ímpares haverá a preparação de professores e alunos para o evento. Nesse período, serão distribuídos almanaques para as secretarias estaduais de educação com conteúdos a serem desenvolvidos antes da olimpíada.  
 
A ação faz parte das 40 ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). De acordo com a secretária de Educação Básica, não há como atingir as metas previstas pelo plano sem o incentivo e a melhoria dos hábitos de leitura.  
 
A ação é uma parceria entre o Ministério da Educação, Fundação Itaú Social, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária. Além disso, sete universidades estão envolvidas no processo de escolha dos vencedores e de elaboração de material didático para a olimpíada.  
 
 
Ouça na íntegra a entrevista coletiva da secretária Maria do Pilar Lacerda. 
 
 
 
MEC lança Olimpíada de Língua Portuguesa 
Portal G1 – Fernanda Bassette 
 
Todos os alunos da rede pública podem participar da Olimpíada de Língua PortuguesaO Ministério da Educação (MEC) lançou nesta terça-feira (19) a “Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro“, que tem como principal objetivo melhorar o ensino da língua portuguesa nas escolas públicas do país. O projeto tem como foco a formação dos professores por meio da motivação dos alunos em sala de aula. Serão aplicados R$ 15 milhões em produção de diferentes materiais didáticos, realização de oficinas de leitura e campanha de divulgação. 
 
“Este projeto não se resume a uma competição, não basta o aluno ter uma boa redação. Ele é mais completo, engloba a formação do professor que vai ser estimulado a trabalhar a redação em sala de aula. Além disso, a premiação acontece em anos pares, nos anos ímpares a formação continua “, afirmou Maria do Pilar Lacerda, secretária de Educação Básica do MEC.  
 
A olimpíada pega carona no projeto “Escrevendo o Futuro“, criado em 2002 pela Fundação Itaú Social em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). A diferença é que partir de agora, com o apoio oficial do MEC, a competição torna-se uma política pública de educação e será coordenada pelo Governo federal. 
 
“Estabelecemos uma parceria com o Itaú e com o Cenpec sem querer trazer modelos prontos ou verdades absolutas. Vamos absorver as boas experiências e experimentá-las. Para o MEC, essa é uma oportunidade importante e rara, pois o programa ’Escrevendo o Futuro’ já está organizado e instituído, tendo como base a formação dos professores – uma das metas do Plano de Desenvolvimento da Educação [PDE]“, disse Maria do Pilar. 
 
Os 15 melhores textos serão premiados Expectativa 
A expectativa do MEC é que a Olimpíada consiga mobilizar cerca de seis milhões de alunos da rede pública, cerca de 80 mil escolas, 200 mil professores e 4.450 cidades. Na última edição do “Escrevendo o Futuro“, antes da parceria com o MEC, cerca de 15 mil escolas participaram. 
 
Segundo Maria do Pilar, a intenção é que a olimpíada incida diretamente na melhoria dos índices educacionais do país – especialmente no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O Brasil alcançou a pontuação 3,8 numa escala que vai até 10. “A meta é atingirmos nota 6 até 2022 e para isso temos que envolver as escolas na olimpíada. Para isso vamos ’provocar’ os municípios com os piores índices educacionais e estimulá-los a participar do projeto“, afirmou Maria do Pilar. 
 
Como será a Olimpíada  
 
A Olimpíada terá como tema central “O lugar onde vivo“, que será desenvolvido em três gêneros: poesia (para alunos da 4ª e 5ª séries); memória (para estudantes da 7ª e 8ª séries) e artigo de opinião (para os estudantes do 2º e 3º anos do ensino médio). As inscrições foram abertas nessa terça (19) e seguem até o dia 14 de abril. 
 
“Esse tema central exige que o aluno converse com pessoas da comunidade, resgate a sua história. Ele vai expressar essas idéias em textos e o trabalho deixa de ser apenas uma bela redação. O aluno participa junto com o professor, com a escola e com a comunidade“, disse Antônio Matias, vice-presidente da Fundação Itaú Social. 
 
Ao todo, serão cinco etapas que incluem a seleção escolar, municipal, estadual, regional e nacional. Na primeira etapa, serão selecionados até 134 mil textos. Na segunda fase, serão escolhidos os 25 mil melhores trabalhos. Na terceira fase serão definidos 500 semifinalistas. Na quarta etapa serão definidos os 150 melhores trabalhos e, por último, serão premiados os 15 melhores textos (cinco em cada modalidade). 
 
Segundo Sônia Madi, coordenadora do programa no Cenpec, cada cidade terá no mínimo três vagas e no máximo 60, levando em consideração a quantidade de textos enviados para análise. “Será respeitada a proporção para que todos os estados possam participar em igualdade“, afirmou. 
 
A premiação 
 
Os 500 alunos e professores semifinalistas receberão medalhas de bronze e coleção de livros. Os 150 finalistas serão premiados com medalhas de prata e aparelhos microsystem e os 15 vencedores receberão medalhas de ouro, computadores e impressoras. As escolas nas quais estudam os vencedores receberão um laboratório de informática (com dez computadores sem internet), além de livros para reforçar a biblioteca.  
 
Como participar 
 
Para participar da Olimpíada, o primeiro passo é a adesão da rede de ensino. No caso das escolas municipais, o prefeito e o secretário municipal de ensino devem assinar um termo de adesão. No caso das escolas estaduais, a inscrição fica a cargo do secretário estadual. O formulário ficará disponível nos sites do MEC, da Fundação Itaú Social, do Cenpec e do próprio programa, a partir das 19h desta terça-feira (19). Além disso, ele pode ser retirado nas secretarias de educação. 
 
Após a adesão dos municípios e estados, as escolas que tiverem pelo menos um professor interessado devem fazer o mesmo procedimento. Não há limites de professor por escola. 
 

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