Educar em sala de aula é uma tarefa de mulher e de jovens no Brasil. O perfil foi revelado em censo realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/MEC) com cerca de 1,7 milhão de docentes de todo o país, em 2003. Dos professores que atuam na Educação Básica, 74,4% têm até 44 anos. As mulheres somam 84,1% dos profissionais da área e 46,7% dos docentes estão nas redes municipais.
No Dia do Professor, celebrado em 15 de outubro, um outro dado merece reflexão. Do total entrevistado pelo INEP, 18,4% afirmam que exercem outra atividade além do magistério. A carga horária de até 20 horas semanais é uma realidade para 51,2% dos profissionais, enquanto 18% dedicam de 21 a 30 horas às atividades em sala de aula e 12,6%, um período entre 31 e 40 horas. A legislação dos servidores públicos rege o trabalho de 53% dos docentes, que são estatutários, contrastando com 18,2% contratados pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Há 17,2% de prestadores de serviços na Educação.
O resultado completo do estudo será conhecido na segunda quinzena de novembro. O presidente do Inep, Eliezer Pacheco, destacou ações que representam um avanço na valorização do profissional. Entre elas, o investimento de R$ 11 milhões, este ano, na Rede Nacional de Formação Continuada de Professores da Educação Básica, que atenderá 400 mil docentes; a implantação do projeto piloto do Programa de Formação Inicial dos Professores em Exercício na Educação Infantil, para 32 mil profissionais, em fevereiro de 2005; e a Escola de Gestores, para capacitar diretores, que será lançada no final deste mês e já terá a primeira fase no 1º semestre de 2005.
