Homenagem a Clarice Lispector abre a Festa Literária de Parati

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Os depoimentos do cantor e compositor Chico Buarque e do poeta Ferreira Gullar, colunista da Folha, foram o ponto alto da homenagem à escritora Clarice Lispector, que abriu na noite de 06 de julho a programação oficial da Festa Literária Internacional de Parati (Flip), na Tenda da Matriz. 
 
Chico fez o público rir ao lembrar de um jantar na casa da autora, em que foi acompanhado de Vinícius de Moraes e do jornalista Carlinhos de Oliveira. Avisados pela escritora de que não haveria bebida alcóolicas por lá, os três tomaram algumas doses de uísque antes de ir. Na casa de Lispector, passada a meia-noite e o efeito do uísque, a escritora deu a entender que era tarde. E esqueceu que os convidara para jantar. 
 
A fala de Gullar foi marcada pela emoção: o poeta lembrou-se do dia em que Lispector morreu. Um dia bonito no Rio de Janeiro, em que ele fez um poema dedicado à escritora, em que falava como “as pedras e as nuvens e as árvores no vento mostravam alegremente que não dependem de nós“. 
 
Os depoimentos eram parte do espetáculo dirigido por Naum Alves de Souza, em que os atores João Camargo, Regina Braga, Aloísio de Abreu, Lícia Manzo e Marcélia Cartaxo fizeram leituras de textos de Lispector, inclusive trechos de “A Hora da Estrela“, cuja versão para o cinema, dirigida por Suzana Amaral, rendeu a Cartaxo o prêmio de melhor atriz no Festival de Berlim de 1986. 
 
Antes do início da homenagem a Lispector, que durou cerca de uma hora, Liz Calder, a presidente da Flip, subiu ao palco para abrir oficialmente a festa e falou da importância dos escritores, sem os quais o mundo não poderia descobrir ou explorar outros povos, lugares e culturas. Sobre a possibilidade da Flip mudar de endereço, foi categórica: “De jeito nenhum. A Flip pertence a Parati“. 
 

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