Haddad prevê revolução da educação com o Fundeb

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Em entrevista no dia 19 de janeiro, a uma rede de emissoras de rádio do país, o ministro da Educação, Fernando Haddad, falou sobre o programa Universidade para Todos (ProUni), a expansão das universidades federais e tecnológicas e disse considerar o Fundo da Educação Básica (Fundeb) capaz de revolucionar a educação brasileira. “Quanto mais cedo a pessoa estuda, melhor é o desempenho escolar”, comentou. Ao contrário do atual Fundef, o Fundeb prevê investimento na educação infantil – além do ensino médio e de jovens e adultos. 
 
“Investir em educação é ter visão sistêmica. Creche e pré-escola são essenciais para a educação fundamental, assim como o ensino médio, associado à educação profissionalizante, qualifica profissionalmente os alunos”, afirmou. Para Haddad, o Fundeb beneficiará os municípios. “Eles têm um prazo de quatro anos para organizar a creche e a pré-escola. O fundo valoriza o professor e garante estrutura mínima para o aluno.” A proposta de ampliação do ensino fundamental para nove anos deve ser apreciada pelos parlamentares na próxima semana. 
 
O ministro ressaltou a importância do projeto de expansão universitária, que cria 42 campi e dez universidades, atendendo 68 municípios. Ele lembrou que houve também significativo aumento no orçamento de custeio e investimento nas instituições federais já existentes: R$ 543 milhões em 2004 para R$ 958 milhões este ano. 
 
ProUni — Segundo o ministro, o programa contribuiu para a inscrição recorde no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — 3 milhões de estudantes no ano passado — e para o melhor desempenho dos concluintes do ensino médio nas escolas públicas. “O jovem abraça a oportunidade porque é a chance de melhorar de vida. Os diferentes níveis de governo têm de garantir a oportunidade para as coisas acontecerem”, disse. 
 
O ProUni ofereceu 91.609 bolsas de estudo neste primeiro semestre de 2006. No próximo semestre, haverá novo processo seletivo para distribuição de cerca de 40 mil bolsas. “O governo deve apoiar os jovens com capacidade de progresso e dar condições de mantê-los no sistema educacional”, comentou Haddad. 
 
O ministro citou avanços na educação superior, como a produção científica — o Brasil está entre os 20 países com o maior número de trabalhos publicados —, a previsão de se formarem dez mil doutores em 2006; a implantação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), que afere instituições, cursos e estudantes; o projeto Acelera, Amazônia, que prevê um fundo de apoio à mobilidade de pessoal e a participação das fundações estaduais de amparo à pesquisa da Região Norte; e a criação da Universidade Aberta do Brasil, que congregará instituições públicas na oferta de cursos de educação superior a distância. 
 
Haddad ressaltou a boa vontade do governo em dialogar com os professores e lembrou que Luiz Inácio Lula da Silva foi o primeiro presidente da República a receber o colegiado de reitores universitários.  

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