Grupo Positivo cria empresa para concentrar negócios

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Pela primeira vez o Positivo vai investir em uma campanha de marketing nacional para divulgar suas operações. O paranaense Grupo Positivo, que atua nas áreas de educação, informática e gráfica, está reforçando sua atuação no mercado editorial. O grupo anunciou ontem a criação da Editora Positivo, que passa a concentrar todas as operações nesta área, com um portfólio de mais de 100 obras, com foco na área de educação e destaque para o “Dicionário Aurélio“. “Até 2007 queremos estar entre as cinco maiores editoras do País“, diz Oriovisto Guimarães, diretor-presidente do grupo paranaense.  
 
Investimentos  
 
Com investimento de US$ 1 milhão, a Editora Positivo vai consolidar as operações que já vinham sendo realizadas pelo grupo neste segmento. A área editorial surgiu com os primeiros livros didáticos lançados pelo grupo, que foi fundado em 1972 a partir de um curso pré-vestibular. A atividade ganhou fôlego e posteriormente foram criadas a Editora Nova Didática e a Distribuidora Positivo, que foram extintas e cujas atividades passam a ficar sob a tutela da nova editora. “O mercado não tinha, até agora, uma idéia muito clara de que o Positivo atua nesse segmento. O grupo é sempre muito associado a sistema de ensino. Com a nova empresa, a intenção é ter um posicionamento bem definido. Queremos mostrar ao mercado que a editora é um dos nossos negócios“, diz Giem Guimarães, diretor comercial.  
 
Para tanto, pela primeira vez o Positivo vai investir em uma campanha de marketing nacional para divulgar suas operações. O projeto, assinado pela Heads Propaganda, terá recursos de R$ 10 milhões, dos quais metade para mídia televisiva.  
 
O segmento gráfico-editorial responde hoje por 40% dos negócios do grupo, que deve faturar R$ 600 milhões em 2004, ou 10% mais do que no ano passado. Desse montante, R$ 120 milhões vêm da área editorial.  
 
“Aurélio“, a grande aposta  
 
Neste segmento, o dicionário Aurélio é a grande aposta do Positivo. O grupo adquiriu os direitos sobre a obra no final do ano passado, por um período de sete anos, renovável por mais sete. A meta, segundo Guimarães, é fazer o Aurélio alcançar uma participação de 70% no mercado de dicionários do País. Hoje ele detém cerca de 50%. Segundo estimativa do Positivo, o mercado de dicionários absorve por ano 1 milhão de exemplares no Brasil. O grande filão desse setor, porém, são as compras do governo, que devem totalizar entre 10 milhões e 15 milhões de exemplares na próxima aquisição, programada para o ano 2006.  
 
Para ganhar mercado, a empresa resolveu adotar um posicionamento agressivo também em preço. A versão do Novo Dicionário Aurélio – 3ª Edição Revista e Atualizada que o grupo estará lançando no mercado em outubro será ofertada, pela primeira vez, em uma versão casada, com a obra impressa e em CD. “O preço do pacote, de R$ 189, é até 30% menor do que as versões impressas de alguns concorrentes“, assegura André Caldeira, diretor de marketing da empresa.  
 
Com tiragem inicial de 34 mil exemplares, a edição que está chegando às lojas é o segundo produto Aurélio lançado pela Positivo. O primeiro foi a versão mini do dicionário, que chegou ao mercado em fevereiro deste ano, e que, segundo Caldeira, já vendeu 200 mil exemplares. A expectativa é superar a marca dos 300 mil até o final do ano.  
 
Novos produtos  
 
Além de obras de referência, como o Aurélio, a editora agrupa um portfólio de produtos que inclui ainda livros didáticos e pára-didáticos. Em 2004, serão 8,5 milhões de livros vendidos dentro do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) do governo federal, mais do que o dobro do comercializado em 2003. Entre as novidades que estão chegando ao mercado estão as revistas “Aprende Brasil“, voltada para professores de escolas públicas, “Educação Infantil“ e a “Baby Einstein“, em parceria com a Disney. Trata-se de uma linha de livros e cards educativos, direcionada para crianças de zero a três anos.  
 
A intenção, segundo Caldeira, é ampliar em 20% o número de títulos disponíveis até o final do próximo ano. A previsão da empresa é elevar a atual receita do segmento editorial, de R$ 120 milhões, para R$ 160 milhões até 2007. “Entre os projetos que se encontram no forno está uma publicação que vai abordar a relação entre pais e filhos“, adianta o diretor Caldeira.  
 
Parque gráfico  
 
Para atender à expansão da demanda da editora, a empresa também fez investimentos na área gráfica. O parque do grupo, considerado um dos maiores do País, recebeu US$ 15 milhões entre 2002 e 2003 para ampliar em 40% a sua capacidade de impressão.  
 
Com sede em Curitiba, o grupo Positivo nasceu há 32 anos e hoje administra uma rede de ensino com atuação em todos os estados, Japão e Estados Unidos e que reúne um universo de 2,3 mil escolas, 70 mil professores e 520 mil alunos. Além de atuar nas áreas de educação e gráfico-editorial, o conglomerado opera uma divisão de informática, responsável pelo desenvolvimento de softwares e hardwares educacionais. Com 3,2 mil funcionários, seu patrimônio líquido soma R$ 300 milhões.  
 
 
 
“Aurélio“ ganha nova versão sem aumentar número de verbetes  
Agência Folha/PR – Mari Tortato 
 
Em uma semana, no mais tardar, a edição completa do dicionário “Aurélio“ de cara nova poderá ser encontrada nas livrarias. 
 
A editora Positivo, que tem sede em Curitiba, lançou ontem uma versão revista e atualizada da 3ª edição do dicionário mais vendido no Brasil. É a primeira tiragem do título na casa nova. No início deste ano, o grupo paranaense desbancou a Nova Fronteira numa queda de braço em que venceu a disputa pelos direitos do dicionário de Aurélio Buarque de Holanda. 
 
Na impressão de estréia na editora Positivo, o “Aurélio“ é publicado sem acréscimo nos verbetes e definições. As 435 mil palavras contidas em 2.120 páginas são as mesmas da 3ª edição, da Nova Fronteira. As pesquisas em andamento vão servir para a quarta edição, que deve sair no prazo de um ano e meio a dois anos. A revisão e a atualização são resultado de seis meses de trabalho da nova equipe. “Nossa primeira preocupação foi não deixar faltar o produto no mercado“, destacou a gerente de obras editoriais da Positivo, Liana Pérola. 
 
O fato de o dicionário não acrescentar palavra nova não quer dizer que o “Aurélio“ pode dispensar novos registros. “A língua é viva, é uma uma reflexão da transformação da sociedade, e nós estamos atentos para as novas palavras que surgem“, disse Pérola. A edição de agora tem tiragem de 34 mil exemplares e sai na companhia de um CD-ROM. A versão eletrônica é obrigatória na aquisição, que tem preço sugerido de R$ 189. 
 
Na apresentação, o novo “Aurélio“ tem os verbetes em cor azul e dedeiras laterais, seguindo a linha do “Miniaurélio“ lançado em fevereiro e que já vendeu 220 mil exemplares, ao preço sugerido de R$ 23. 
 
Outro diferencial é a inclusão de três letras nas cabeças de página para auxiliar na pesquisa das palavras. Mesmo recurso utilizado em edições da Bíblia. 
 
Em um mercado que despertou para a competitividade, o “Aurélio“ responde por 50% das vendas e, segundo o presidente do grupo Positivo, Oriovisto Guimarães, a nova editora quer fazer crescer essa fatia de mercado. 

O lançamento da edição completa do dicionário marca, também, o lançamento da Positivo. Com uma estratégia voltada para colocar a editora entre as cinco maiores até 2007, o grupo – que tem 32 anos e é um dos maiores da área educacional do país- resolveu abandonar o nome antigo -Nova Didática. 
 
Entre 2002 e 2003, o grupo investiu R$ 45 milhões em ampliação e modernização de sua gráfica e de sua editora. O “Aurélio“ entrou como o carro-chefe de um processo que prevê o crescimento na edição de títulos educacionais, dos quais o maior cliente é o governo federal. Neste ano, o grupo vendeu 8,5 milhões de livros para o Ministério da Educação. 

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